“Não vemos no teletrabalho nenhuma panaceia dos tempos modernos. Mas sabemos da inevitabilidade do recurso a novas formas de prestação do trabalho e queremos, porque podemos tirar dele as vantagens que possa ter ao nível da motivação e da conciliação da vida pessoal, familiar e profissional”, disse o governante.
José Couto falava na abertura do ‘webinar’ de apresentação do estudo “A adaptação dos modelos de organização do trabalho na Administração Pública Central durante a pandemia covid-19: dificuldades e oportunidades”, realizado pela Direção-Geral da Administração e Emprego Público (DGAEP).
Durante a sua intervenção, o secretário de Estado lembrou que depois de ultrapassada a pandemia, o Governo pretende, até ao final desta legislatura, atingir 25% de teletrabalhadores, do universo de trabalhadores que podem exercer as suas funções nesta modalidade de trabalho.
O governante lembrou que a Administração Pública preparou “em tempo recorde uma operação muito complexa, para conseguir num curto espaço de tempo garantir que todos os trabalhadores que pudessem exercer as suas funções em teletrabalho o pudessem fazer”.
“O contexto pandémico veio acelerar esta transformação tecnológica nos serviços da Administração Pública, o que comprova que é possível mudar processos tornando-os mais eficientes”, considerou.
O Governo tem insistido que este movimento, “por ter inequívocas vantagens”, não deve ser abandonado depois da pandemia, afirmou.
“Depois desta experiência foi possível desconstruir alguns preconceitos sobre o teletrabalho, designadamente, ao nível da produtividade, destruição da cultura organizacional e de equipas, segurança de dados, entre outros”, disse.
O teletrabalho na Administração Pública, continuou, alinhado com um movimento de inovação, de modernização, de novas abordagens, e de capacitação da própria Administração Pública “pode e deve ser um agente ativo da mudança”.
Durante a pandemia, o recurso ao teletrabalho na Administração Pública veio demonstrar que dirigentes e trabalhadores conseguiram trabalhar cada vez mais em rede e para além das lógicas mais formais e dos circuitos clássicos a que está habituada a Administração Pública.