A assistente neste processo é a magistrada Joana Dias, que foi visada em muitas declarações e imagens, publicações, blogues e vídeos na internet do Partido Trabalhista Português/Madeira, tendo entre outras afirmações sido apelidada de "juíza dos sete maridos".
O processo tem ainda outros dois arguidos, José Luis Rocha, que esteve ausente porque está internado no hospital, e José Nóbrega, proprietário da empresa que editava a publicação Quebra-Costas.
O inicio do julgamento esteve agendado para 28 de setembro, mas foi adiado por causa das eleições, sendo Raquel Coelho e José Manuel Coelho, respetivamente cabeças de lista do PTP, para as presidências das Câmaras Municipais do Funchal e Santa Cruz.
Os arguidos presentes remeteram-se ao silêncio, sendo o coletivo de juízes neste julgamento presidido por Carla Menezes, que ouviu uma série de testemunhas arroladas pela acusação.
José Manuel Coelho já foi julgado e condenado em vários processos por este tipo de crimes, tendo num eles sido condenado a pena de prisão efetiva, a cumprir aos fins de semana, num processo movido por Garcia Pereira.
O dirigente do PTP/Madeira viu o Supremo Tribunal de Justiça rejeitar o seu recurso no processo em que foi acusado pelo crime de difamação por declarações proferidas em 2011 contra o advogado e antigo dirigente do PCTP/MRPP Garcia Pereira, no qual o antigo político pediu um euro de indemnização.
Neste processo, José Manuel Coelho descreveu o advogado Garcia Pereira como um "agente da CIA" e acusou-o de "fazer processos aos democratas da Madeira" a pedido de Alberto João Jardim, ex-presidente do Governo Regional.
Em janeiro deste ano, o Tribunal da Relação de Lisboa condenou o deputado madeirense a um ano de prisão efetiva, para cumprir aos fins de semana, em 72 períodos com a duração mínima de 36 horas e o máximo de 48 horas cada um, pela prática de um crime de difamação agravado.
C/ LUSA