Um pescador com 40 anos foi condenado pelo Tribunal da Comarca da Madeira pelos crimes de homicídio qualificado da companheira e profanação de cadáver da mulher, que disse ter cometido “num processo de loucura”.
De acordo com a acusação, os factos reportam-se à noite de 28 de julho de 2019, na freguesia do Jardim do Mar, concelho da Calheta, na zona oeste da Madeira.
Segundo a acusação, na sequência de uma discussão, o arguido, natural de Câmara de Lobos, agrediu a companheira, com 55 anos, com vários golpes na cabeça e utilizou uma camisa de dormir para lhe apertar o pescoço até ela desfalecer.
“A asfixia foi a causa da morte”, refere o Ministério Público , embora haja registo de agressões provocadas também com outros objetos, como um x-ato, o que lhe provocou lesões na cabeça, no abdómen e nas pernas.
As autoridades policiais encontraram o corpo da vítima, que tinha três filhos maiores de um anterior casamento, sem vida e num cenário considerado “macabro”.
Questionado pela juíza presidente do coletivo, Carla Menezes, o arguido respondeu a perguntas sobre a discussão que originou o crime, referindo que tudo aconteceu quando informou a vítima de que tinha sido despedido do trabalho no mar, onde passou 15 dias, e “ela até ficou contente porque ia ficar em terra”.