"Os efeitos da greve são muito residuais na região", afirmou a mesma fonte, salientando que "a maioria dos sindicatos do setor da saúde, nomeadamente os da área da enfermagem nem aderiram à greve".
Muitas das matérias que estão a ser reivindicadas a nível nacional já estão ultrapassadas na Madeira, nomeadamente o descongelamento das carreiras dos enfermeiros, explicou.
Na Região Autónoma da Madeira, o Sindicato dos Enfermeiros e o Independente dos Médicos não emitiram pré-avisos de greve.
O dirigente do sindicato dos Enfermeiros da Madeira, Juan Carvalho, disse à Lusa que esta posição se deve a "estarem em curso negociações com o Governo Regional", pelo que "não se justificava a adesão".
Mesmo assim, o Serviço Regional de Saúde da Madeira (SESARAM) recomendou hoje aos utentes que precisem de prestação de cuidados que contactem antecipadamente os serviços devido aos condicionamentos previstos na sequência da greve nacional de hoje da Função Pública noutros setores como os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica.
Em comunicado, o SESARAM refere que esta paralisação "poderá afetar a prestação de cuidados de saúde prestada ao nível dos cuidados de Saúde Hospitalares e nos Centros de Saúde".
"Por forma a minimizar os efeitos causados pela greve, recomendamos aos utentes que necessitam de cuidados para contactar previamente os serviços de modo a avaliar as condições da viabilidade do atendimento", adverte.
No mesmo documento, salienta que "todas as situações urgentes serão atendidas e os serviços mínimos salvaguardados".
Também refere que a greve "decorrerá sem prejuízo de serem assegurados todos os serviços e atividades imprescindíveis ou indispensáveis, quer seja ao nível dos serviços de urgência, internamento e exames complementares de diagnóstico urgentes".
O SESARAM indica que vai publicar os dados da adesão à greve na sua página da internet.
A Frente Comum da Administração Pública, da CGTP, convocou para hoje uma greve nacional contra a proposta de aumentos salariais de 0,3%.
Seguiu-se o anúncio de greves nacionais por parte das estruturas da UGT – a Federação Nacional dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) e a Frente Sindical liderada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).
Entretanto, várias organizações setoriais marcaram também greves para hoje, como são os casos da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), afeta à CGTP, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros (FENSE), da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas do Diagnóstico e Terapêutica.
C/LUSA