O jovem avançado Désiré Doué, que já tinha sido o ‘herói’ da final da ‘Champions’, com dois golos e uma assistência, inaugurou o marcador, aos 78 minutos, após passe do ‘omnipresente’ João Neves, e o suplente Dembélé apontou o segundo, aos 90+6, quando os parisienses jogavam reduzidos a nove unidades.
O central equatoriano Willian Pacho, aos 81 minutos, e o lateral esquerdo francês Lucas Hernández, aos 90+2, depois de entrar aos 79, viram vermelhos diretos na fase final, mas nem isso impediu o triunfo do ‘onze’ de Luis Enrique.
No Mercedez Benz Stadium, de resto, não faltou nada, de exibições notáveis dos dois guarda-redes, mais Donnarumma (sem uma mísera falha) do que Neuer, num jogo com muitas oportunidades, grande qualidade e, pela negativa, uma lesão muito grave de Musiala, sofrida em cima do intervalo.
O jogo foi antecedido de um minuto de silêncio em homenagem a Diogo Jota e ao irmão André Silva, tragicamente falecidos na quinta-feira, e começou, desde logo, vibrante, com Doué a fazer a primeira ameaça, aos três minutos.
A formação bávara respondeu, porém, em grande estilo e dominou grande parte da primeira parte, mas, em saídas rápidas para o ataque, foram Kvaratskhelia (19 e 32 minutos) e Fabián Ruiz (22) que estiveram mais perto de marcar.
Pelo meio, Olise fez brilhar Donnarumma, aos 27 minutos, e, depois, um cabeceamento de Kane (38) e um remate de Pavlovic (41) aproximaram o Bayern do golo, numa primeira parte que acabou com a grave lesão de Musiala, após choque com o guarda-redes italiano.
O PSG reentrou melhor e teve uma grande oportunidade aos 49 minutos, com Kvaratskhelia a isolar Barcola, que só não marcou devido a notável defesa de Neuer.
Nos bávaros, ‘imperava’ Olise, com as suas habituais incursões da direita para o meio: aos 61 minutos, rematou para nova defesa de Donnarumma e, aos 65, atirou a rasar a barra.
Aos 70 minutos, Luis Enrique fez entrar Dembélé, que, aos 74 minutos, falhou incrivelmente o golo, de baliza aberta, ainda que fora da área, depois da única falha de Neuer em todo o jogo, ao atirar contra Kvaratskhelia numa saída para o ataque.
O golo dos parisienses apareceu, no entanto, pouco depois, aos 78 minutos, com Hakimi a lançar João Neves, que, sobre a direita, foi quase à linha, travou e tocou para trás, com Doué a receber à entrada da área e a colocar a bola junto ao ângulo inferior esquerdo da baliza de Neuer, que não viu a bola partir.
Parecia que o mais difícil estava feito, mas, então, os parisienses começaram a dar ‘tiros nos pés’, com as expulsões de Pacho, aos 81 minutos, e depois de Lucas Hernández, aos 90+2.
Face a nove, o Bayern instalou-se na área dos franceses e Harry Kane ainda festejou, mas marcou em fora de jogo, e, na primeira vez que conseguir sair, o PSG ‘acabou’ com o jogo.
Aos 90+6 minutos, Dembélé rematou com grande violência à barra, num remate fora do alcance de Neuer, mas a jogada continuou e, à segunda, Hakimi voltou a colocar no francês, que, desta vez, não perdoou. E festejou simulando ter uma ‘playstation’ na mão, numa aparecente homenagem ao português Diogo Jota.
No oitavo de 11 minutos de descontos, o árbitro ainda assinalou uma grande penalidade a favor do Bayern Munique, mas, alertado pelo VAR, percebeu que não havia falta sobre Thomas Müller, que tinha entrado aos 80 para a sua despedida dos bávaros.
Nuno Mendes, João Neves e Vitinha cumpriram os 90 minutos nos parisienses, enquanto Gonçalo Ramos não saiu do banco, e, nos bávaros, Raphaël Guerreiro foi lançado aos 87, sendo sobre ele que Lucas Hernández cometeu falta para expulsão, e Palhinha e David Deiber foram suplentes não utilizados.
Nas meias-finais, o Paris Saint-Germain vai medir forças, na quarta-feira, com o vencedor do embate entre o Real Madrid, campeão mundial no anterior formato, com seis/sete clubes, em 2014, 2016, 2017, 2018 e 2022, e o Borussia Dortmund.