Patrícia Sampaio, de 22 anos, uma das grandes promessas do judo português, chegou a Tóquio depois de um apuramento que garantiu cedo, muito antes de perder alguns lugares no ‘ranking’, resultado de uma paragem por lesões.
O último ano não foi fácil para a judoca de Tomar, primeiro com uma fratura na perna direita no Grand Slam de Budapeste, em outubro, e, depois, com uma saída prematura dos Europeus de Lisboa em abril, graças a uma microrrotura muscular.
Na sua estreia em Jogos Olímpicos, a judoca, que perdeu hipótese de ser cabeça de série com a queda no ‘ranking’, foi afastada na segunda ronda pela campeã mundial da categoria, a alemã Anna-Maria Wagner, com duas sequências de waza-ari, em que Sampaio procurou o ataque e foi ‘traída’ no contra-ataque.
No apoio da sua perna no tatami, a judoca deixou a ideia de ainda não estar a 100%, pela facilidade no desequilíbrio, no primeiro ataque de Wagner, aos 15 segundos, e no segundo waza-ari, e consequente ippon, já a 1.45 minutos do final de combate.
Antes, a judoca, 18.ª do ‘ranking’, tinha vencido na estreia a venezuelana Karen León, 33.ª e apurada para os Jogos graças à quota continental.
Patrícia Sampaio despede-se com os ‘mínimos’ na sua estreia olímpica, repetindo os resultados de Telma Monteiro e Bárbara Timo, eliminadas também na segunda de ronda de -57 kg e -70 kg, respetivamente.
Os também olímpicos Joana Ramos (-52 kg) e Anri Egutidze (-81 kg) apenas disputaram um combate no Nippon Budokan, enquanto Catarina Costa (-48 kg), no sábado, primeiro dia de competição, esteve na luta pela medalha de bronze e terminou em quinto lugar.
Com o bicampeão mundial Jorge Fonseca ainda hoje a lutar nas meias-finais de -100 kg, a partir das 09:00 (horas de Lisboa), na sexta-feira será a vez de Rochele Nunes fechar a participação do judo português nos Jogos Olímpicos, na categoria de +78 kg.