“Exigimos que o Ministério do Poder Popular para a Saúde e o Executivo nacional declarem uma emergência nacional perante a deteção, em pelo menos seis entidades federais (…), da variante delta” do novo coronavírus, escreveu a ONG na sua conta do Twitter.
Na mesma rede social, a MUV apela ainda ao Governo venezuelano para que exija a entrega “de vacinas do Fundo para o Acesso Global a Vacinas Covid-19 (COVAX) e implemente um plano urgente” de vacinação da população.
Um gráfico divulgado pela MUV, na mesma rede social, dá conta de que foram registados casos de pacientes infetados com a variante delta do novo coronavírus, nos estados venezuelanos de Bolívar, Nova Esparta, Yaracuy, Vargas, Miranda e no Distrito Capital.
Segundo a ONG, mesmo com a presença confirmada da variante delta naquelas seis das 24 regiões federais venezuelanas, isso “não quer dizer que não haja mais (casos) no país”.
Em 25 de julho de 2021, o Presidente Nicolás Maduro anunciou, através da televisão estatal venezuelana, que os venezuelanos estavam “perante uma nova ameaça” pois tinham sido detetados “dois casos da estirpe delta” no país.
Segundo a imprensa venezuelana, os casos eram de um jovem desportista e de uma profissional da saúde que tinham chegado do estrangeiro.
Em 08 de julho, a COVAX anunciou que tinha recebido o pagamento de 120 milhões de dólares (101,3 milhões de euros) para o envio de 11,3 milhões de doses de vacinas para a Venezuela.
Em 2 de agosto último, Maduro anunciou que a Venezuela iria receber, nos seguintes dias, 6,2 milhões de vacinas contra o novo coronavírus, através do mecanismo COVAX, e que os meses de agosto e setembro iriam ser “relevantes” na imunização da população.
No entanto, ainda não há confirmação oficial da chegada destas vacinas à Venezuela.
Em 21 de agosto, a vice-presidente Delcy Rodríguez anunciou que o Governo venezuelano intensificaria o processo de vacinação, durante os meses de agosto, setembro e outubro.
No entanto, milhares de pessoas, com 60 e mais anos de idade, têm-se queixado de que receberam apenas a primeira dose da vacina russa Sputnik e a imprensa dá conta de que não há vacinas para aplicar a segunda dose.
Perante esta situação, alguns médicos estão a sugerir à população que retome o processo de imunização com a aplicação de duas doses da Sinopharm, a vacina chinesa, no país.
Desde março de 2020 que a Venezuela está em quarentena preventiva e atualmente tem um sistema de sete dias de flexibilização, seguidos de sete dias de confinamento rigoroso.
O país contabilizou 4.010 mortes e 334.343 casos da doença, desde o início da pandemia, de acordo com dados oficiais.