O facto de a UEFA ter decidido aumentar de 23 para 26 o número de eleitos, face à pandemia e ao possível aparecimento de casos positivos, dá para o técnico luso manter as escolhas habituais e ainda ‘improvisar’, sendo que só um lugar parece em aberto.
A lista de eleitos para o Euro2020 deve ser idêntica à dos 25 chamados, em 16 de março, para os primeiros três encontros de apuramento para o Mundial de 2022, sendo que, dessa convocatória, só não deverá estar Pedro Neto.
O jogador do Wolverhampton, vítima de uma lesão grave, é, para já, a única grande baixa lusa para o Euro2020, sendo que, se estivesse apto fisicamente, seria, certamente, um dos eleitos.
Sem Pedro Neto, a última lista fica reduzida a 24 eleitos, sendo que o nome chamado a ‘substituir’ o jogador dos Wolves deverá ser Gonçalo Guedes, jogador que está a rubricar um excelente final de época ao serviço do Valência.
Autor do segundo golo mais importante da história da seleção lusa, o que valeu a vitória (1-0) sobre os Países Baixos na final da Liga das Nações, o ex-jogador do Benfica é forte candidato a repetir a presença no Mundial de 2018.
Desta forma, ficará apenas uma vaga em aberto, com muitos candidatos, sendo que a mesma depende muito que setor Fernando Santos quiser reforçar.
O médio Pizzi, experiente, com golo e um bom final de época, pode ser o eleito, tal como o goleador Pedro Gonçalves, os centrais Luís Neto e Rúben Semedo, os laterais Nélson Semedo e Mário Rui, o extremo Trincão, o ponta de lança Paulinho ou até o recém-naturalizado médio portista Otávio.
Todos estes nomes só parecem ter uma vaga para encaixar, numa lista em que 20 nomes se afiguram como dados adquiridos, nomeadamente os guarda-redes Rui Patrício, Anthony Lopes e Rui Silva, os laterais João Cancelo, Raphaël Guerreiro e Nuno Mendes e os centrais Pepe, Rúben Dias e José Fonte.
O lateral direito Cédric e o central Domingos Duarte deverão completar os escolhidos para o setor mais recuado, já que parecem ter vantagem sobre Nélson Semedo, Mário Rui, Luís Neto ou Rúben Semedo, como Rui Silva em relação a José Sá.
No meio-campo, João Moutinho, Danilo Pereira, Rúben Neves, Renato Sanches, Sérgio Oliveira e Bruno Fernandes são opções mais do que certas e Palhinha também entrará, certamente, na lista.
Quanto aos jogadores mais avançados, Bernardo Silva, Diogo Jota, João Félix e André Silva vão acompanhar Cristiano Ronaldo, que disputará o quinto Europeu, depois de 2004, 2008, 2012 e 2016, aos quais junta os Mundiais de 2006, 2010, 2014 e 2018.
Rafa e Gonçalo Guedes deverão ser as outras opções mais ofensivas, sendo que Fernando Santos poderá chamar mais um jogador do meio-campo para a frente, entre Pizzi, talvez o favorito, Trincão, Paulinho, Pedro Gonçalves e Otávio.
De fora, ficarão, certamente, nomes que foram importantes para Portugal em anos recentes, nomeadamente William Carvalho, João Mário, Nani e Ricardo Quaresma, mais do que Ricardo Pereira ou André Gomes, e, claro, o ‘herói’ Éder, o autor do golo mais importante de Portugal, o que valeu em 2016 a conquista do campeonato da Europa, na final com a França.
Após aquele ‘golaço’ de fora da área em Saint-Denis, Éderzito António Macedo Lopes merecia ter lugar ‘cativo’ na formação das ‘quinas’, deveria ser ele e mais 25, mas, aos 33 anos, o avançado do Lokomotiv Moscovo não deverá entrar nos eleitos, e menos que seja ele a surpresa que Fernando Santos tem reservada.
A fase final do Euro2020 realiza-se de 11 de junho a 11 de julho, em 12 cidades de 12 países, e Portugal integra o Grupo F, defrontando sucessivamente Hungria (15 de junho, em Budapeste), Alemanha (19, em Munique) e França (23, em Budapeste).
C/Lusa