Este montante resulta da criação de um fundo de apoio, decidida hoje pela direção da LPFP, no valor de 1,52 milhões de euros, que se junta ao milhão disponibilizado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), referente ao fundo que incentiva os clubes na melhoria das condições dos estádios, mas que, excecionalmente, pode ser usado para outros fins.
O fundo anunciado pela LPFP resulta da cedência da taxa de televisão paga pelos clubes da I Liga (550 mil euros), dos custos com os 90 jogos da II Liga que não se realizarão (500 mil euros) e da ativação dos fundos de infraestruturas de 2018/19 e 2019/20 (470 mil euros).
O total de 2,52 milhões de euros vai ser atribuído, “de forma equitativa, no valor de 180 mil euros para cada uma das 14 sociedades desportivas da II Liga, excetuando as equipas B e as sociedades desportivas promovidas ao primeiro escalão”, lê-se no comunicado da LPFP.
Desta forma, ficam excluídos deste apoio Nacional e Farense, os dois primeiros classificados, que a direção da LPFP “fixou” como promovidos, e Benfica e FC Porto, que detém equipas B neste escalão.
“O regulamento de acesso a este fundo de apoio será aprovado nos próximos dias e está previsto que a primeira metade do valor cedido às sociedades desportivas esteja disponível a 15 de maio”, rematou o organismo.
A direção da LPFP, liderada por Pedro Proença, que contou na reunião de hoje com todos os elementos que compõem o elenco diretivo, anunciou ainda a suspensão do pagamento dos seguros de acidentes de trabalho dos jogadores dos clubes da II Liga, a partir de 18 de março, dia em que foi decretado o estado de emergência devido à infeção pelo novo Coronavírus.
A II Liga foi suspensa por tempo indeterminado em 12 de março, mas foi excluída a sua continuidade por parte do Governo.
O Governo definiu na quinta-feira, no plano de desconfinamento da pandemia de Covid-19, que a I Liga de futebol e a final da Taça de Portugal vão poder ser disputados, permitindo também desportos individuais ao ar livre.
A retoma da I Liga de futebol, a partir de 30 e 31 de maio, está sujeita a aprovação pela Direção-Geral da Saúde (DGS) de um plano sanitário, anunciou o primeiro-ministro, António Costa, explicando que os jogos vão realizar-se sem a presença de público nos estádios.
Faltam disputar 90 jogos do principal escalão, que é liderado pelo FC Porto, com um ponto de vantagem sobre o campeão Benfica, assim como a final da Taça de Portugal, que vai opor Benfica a FC Porto.
C/Lusa