Na sequência da Estratégia Europeia para a Igualdade das Pessoas LGBTIQ (lésbicas, gays, bissexuais, transgénero, intersexuais e queer), em debate na última sessão plenária em Bruxelas e apresentada pela Comissão Europeia, a eurodeputada enviou uma questão, dirigida à Comissão, sobre como será garantida a sua aplicação, “de forma transversal e efetiva, pelos diferentes Estados-Membros e regiões, nomeadamente nas Regiões Ultraperiféricas e Regiões remotas e insulares, que pela sua dimensão reduzida e constrangimentos associados, quer a nível social, quer a nível educacional e cultural, deixam estas pessoas mais vulneráveis”.
A eurodeputada acredita que a estratégia apresentada pela Comissão Europeia é “ambiciosa”, mas a implementação deve assentar num trabalho articulado entre as diferentes instituições e agentes sociais. “É necessária a colaboração e a realização de ações por parte de todas as instituições e Estados-Membros. É preciso envolver os diversos agentes da sociedade civil e os diversos orgãos regionais, nacionais e europeus, de maneira a apostar na sensibilização e educação contra a discriminação LGBTIQ.”
“A Madeira pode ser um exemplo na aplicação desta estratégia, somos uma região pequena e devemos tirar partido disso. Podemos pegar nesta estratégia e desenvolver uma série de projetos-piloto associados à questão LGBTIQ, através de uma maior sensibilização às diferentes gerações e de ações concretas com os mais variados públicos-alvos. É importante que se desmitifique uma série de preconceitos associados aos LGBTIQ”.
Sara Cerdas defende que a União Europeia deve “estar na vanguarda dos esforços para melhorar e proteger os direitos das pessoas LGBTIQ”, assumindo que “infelizmente, para muitas pessoas, ainda não é seguro demonstrarem afeto em público e assumirem a sua orientação sexual, ou seja, serem simplesmente elas próprias sem se sentirem ameaçadas ou constrangidas”.
Segundo a estratégia da Comissão Europeia "União da Igualdade: Estratégia para a igualdade de tratamento das pessoas LGBTIQ 2020-2025", 53% das pessoas LGBTIQ quase nunca assumem a sua orientação sexual. Esta estratégia alerta para a necessidade de uma evolução legislativa, de maior e melhor jurisprudência e de várias iniciativas políticas, tendo em vista a melhoria da integração e inclusão das pessoas LGBTIQ