O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) revela que a reunião de quinta-feira entre as estruturas sindicais acabou sem acordo, mas manifestou abertura para continuar a debater com vista a um entendimento sobre o futuro da carreira destes profissionais.
Numa mensagem divulgada no seu Facebook, a dirigente sindical Guadalupe Simões, afirma que o SEP se recusa a assinar um memorando de entendimento sem antes discutir a matéria com os profissionais, mas mantém a intenção de reunir-se com os outros sindicatos "no sentido da convergência relativamente à discussão da futura carreira".
A CNESE (federação de sindicatos que inclui o SEP), "como sempre, não apresenta nenhuma proposta de carreira sem a discutir com os enfermeiros. A carreira negociada em 2009 esteve em discussão pública durante dois anos (2003 e 2004) com dezenas reuniões, em todas as instituições e em todo o país. E não assina documentos sem que os órgãos próprios sejam auscultados e sobre eles decidam", refere Guadalupe Simões.
Os quatro sindicatos que representam os enfermeiros, organizados em duas federações (FENSE e CNESE), estiveram na quinta-feira reunidos na Ordem dos Enfermeiros, por proposta da bastonária Ana Rita Cavaco, mas o encontro terminou sem acordo.
No texto que publicou na rede social Facebook, Guadalupe Simões explica que "o SEP não abandonou a reunião" e que, no encontro, "a Ordem exigia que a CNESE assinasse um memorando de entendimento onde constava uma estrutura de carreira e grelhas salariais", proposta que, considera, "poderia ter sido enviada previamente para que as direções dos sindicatos pudessem decidir".
Diz ainda que a CNESE recordou que, fruto da mobilização dos colegas nas últimas semanas, "nas reuniões negociais de 12 e 14 esta questão foi discutida com o Ministério da Saúde, que assumiu o compromisso (explicito na proposta enviada a 18 de setembro) de rever/negociar a carreira em 2018".
"A CNESE, como sempre, não apresenta nenhuma proposta de carreira sem a discutir com os enfermeiros. A carreira negociada em 2009 esteve em discussão pública durante dois anos (2003 e 2004) com dezenas reuniões, em todas as instituições e em todo o país. E não assina documentos sem que os órgãos próprios sejam auscultados e sobre eles decidam", sublinha Guadalupe Simões.
Perante este impasse, "a CNESE saiu da reunião não sem antes continuar a demonstrar toda a sua disponibilidade para se reunir com a FENSE [a outra federação sindical) no sentido da convergência relativamente à discussão da futura carreira".
Diz ainda que a CNESE "afirmou também a sua disponibilidade para continuar a articular e convergir com a Ordem sobre as temáticas que são da sua esfera de competências".
A agência Lusa tentou contactar com o Sindicato dos Enfermeiros e com a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, mas não foi possível até ao momento obter qualquer posição.
LUSA