A iniciativa foi anunciada numa nota divulgada pelo gabinete do presidente do principal município da Madeira, na qual é referido que Miguel Gouveia, líder da coligação Confiança (PS, BE, PDR e Nós, Cidadãos!), “recebeu desde a semana passada os grupos municipais do PSD, CDS, os deputados do PTP, CDU e os independentes, num total de seis audiências”, tendo concluído este ciclo hoje.
"A vontade manifestada pelo executivo [municipal] foi de estabelecer pontes e de encontrar soluções conjuntas para os desafios que a cidade vai enfrentar no próximo ano, com particular incidência nas consequências da crise de saúde pública”, diz o autarca, no mesmo documento.
Miguel Silva Gouveia adianta que nestes encontros foi “valorizada a capacidade de diálogo”, considerando que este “é mais necessário, e o apelo à cooperação, em nome daquilo que deve unir a todos nesta altura, mais do que nunca, que é o bem-estar de todos os funchalenses".
No entender do responsável da Câmara do Funchal, “o Orçamento Municipal para 2021 afigura-se como o mais importante deste mandato para a cidade do Funchal e para a população”.
O autarca enfatiza que este é “um orçamento elaborado num contexto excecional em toda a nossa democracia, que tem apelado, como nunca, ao sentido cívico de cada pessoa para a salvaguarda da saúde pública, e à capacidade de adaptação de todas as entidades públicas e privadas, de modo a podermos continuar a funcionar coletivamente enquanto sociedade."
No mesmo documento, o líder do município do Funchal argumenta que “esta situação inédita acarreta uma previsível crise socioeconómica, com consequências nefastas para famílias, associações e empresas, à qual a CMF tem a responsabilidade de acudir”.
Por isso, indica ser preciso existir um “reforço dos programas de apoio, mas também a promoção de uma economia local geradora de emprego”.
“Contamos, assim, com o contributo e a responsabilidade de todos os autarcas eleitos no Funchal, para que possamos ter um Orçamento para 2021 aprovado em Assembleia Municipal, o que é fundamental para a cidade”, conclui Miguel Gouveia.
A 02 de dezembro de 2019, o Orçamento da Câmara do Funchal para 2020, no valor de 107,7 milhões de euros, foi chumbado na Assembleia Municipal, mas as Grandes Opções do Plano foram aprovadas, colocando o executivo perante uma situação inédita.
As Grandes Opções do Plano foram aprovadas por maioria, com os votos da coligação Confiança, a abstenção do PSD, CDS-PP, JPP e deputado independente, registando votos contra do PCP e do PTP.