De acordo com testemunhos, o ataque centrou-se em particular numa habitação situada no campo, e o número de vítimas mortais pode aumentar nas próximas horas, indicou a agência noticiosa palestiniana WAFA.
Em paralelo, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alertou hoje sobre a “devastadora situação” que enfrentam as crianças no Médio Oriente, onde a violência atingiu níveis alarmantes e “tirou a vida a milhares de crianças na Palestina, Israel e Líbano”.
Em comunicado, a organização afirma que “as crianças de muitos países da região vivem uma realidade mais dura que nunca, envolta na incerteza e violência” pela extensão do atual conflito na Faixa de Gaza.
Na sequência de um novo ataque “chega a notícia de que existem crianças entre os mortos”, assinala a UNICEF, numa referência aos conflitos que decorrem na Palestina, Líbano e Israel.
A agência da ONU adverte que a situação pode agravar-se drasticamente. “Qualquer escalada de violência na região terá graves consequências humanitárias e porá em perigo a vida e bem-estar de muitas mais crianças”.
“É crucial a desescalada imediata”, sublinha o texto, que exorta todas as partes em conflito a exercerem a máxima moderação, proteger os civis e prestar os serviços essenciais à população.
A UNICEF assegura ainda que prosseguirá o seu trabalho na região, em colaboração com parceiros para garantir ajudas e fornecimentos essenciais, e reiterou que “aquilo que as crianças necessitam é paz e segurança, a oportunidade de uma vida digna, livre de privações e medo”.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Segundo o Exército israelita, entre as 251 pessoas sequestradas, 111 permanecem retidas em Gaza, das quais 39 já morreram.
O Exército israelita respondeu com uma devastadora campanha militar de represálias em Gaza que já provocou perto de 40 mil mortos – onde se incluem pelo menos 14.000 crianças –, cerca de 92.000 feridos e um número indeterminado sob os escombros, de acordo com o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
Lusa