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Imagem de Papa condena populismos e defende divorciados e homossexuais na sua autobiografia
Foto: EPA
Sociedade 14 jan, 2025, 11:25

Papa condena populismos e defende divorciados e homossexuais na sua autobiografia

O Papa Francisco lamenta o crescimento dos populismos, defende os homossexuais e divorciados, e critica os tradicionalistas católicos ao mesmo tempo que pede um novo papel da Igreja num tempo de conflitos e incertezas, comparável ao primeiro milénio.

Na sua autobiografia Esperança, que sai hoje para as livrarias, Francisco avisa para o risco do populismo em que vários países estão mergulhados: “as promessas que se baseiam no medo, acima de tudo, o medo do outro são a censura habitual dos populismos e o início das ditaduras e das guerras. Pois para o outro, o outro és tu”.

No seu livro de mais de 350 páginas, o Papa recordou também a declaração que assinou sobre as “bênçãos aos irregulares”, numa referência aos divorciados ou católicos que não cumpram as exigências da doutrina, publicada pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, em dezembro de 2023.

“Abençoam‑se as pessoas, não as relações”, porque “na Igreja, são todos convidados, mesmo as pessoas divorciadas, mesmo as pessoas homossexuais, mesmo as pessoas transexuais”, escreve Francisco, comentando a polémica.

A “primeira vez que um grupo de transexuais veio ao Vaticano, saíram a chorar, comovidas porque lhes tinha dado a mão, um beijo… Como se tivesse feito algo de excecional para elas. Mas são filhas de Deus! Podem receber o batismo nas mesmas condições dos outros fiéis e nas mesmas condições dos outros, podem ser aceites na função de padrinho ou madrinha, bem como ser testemunhas de um casamento”, acrescentou o Papa, que condenou as leis contra a homossexualidade.

“São mais de 60 os países no mundo que criminalizam homossexuais e transexuais, uma dezena até com a pena de morte, que por vezes é efetivamente aplicada”, mas “a homossexualidade não é um crime, é um facto humano e a Igreja e os cristãos não podem, por isso, permanecer indolentes diante desta injustiça criminosa”, defende.

Sobre as reformas que imprimiu na Igreja, Francisco considera que nunca esteve sozinho no processo de decisão, minimizando a resistência em setores da Igreja, “na maioria das vezes ligadas a um escasso conhecimento ou a alguma forma de hipocrisia”.

“Os pecados sexuais são aqueles que a alguns causam mais rebuliço”, mas “não são, de facto, os mais graves”, ao contrário de outros como “a soberba, o ódio, a mentira, a fraude ou a prepotência”.

“É estranho que ninguém se preocupe com a bênção de um empresário que explora as pessoas, e esse é um pecado gravíssimo, ou com quem polui a casa comum, enquanto se escandaliza quando o Papa abençoa uma mulher divorciada ou um homossexual”, comenta no livro editado pela Nascente, da editora Penguin Random House.

Já sobre as tendências para um regresso ao tradicionalismo, como as missas em latim, pré-Concílio Vaticano II, Francisco recorda que essa possibilidade só será concedida em “casos particulares”, porque “não é saudável que a liturgia se torne ideologia”.

No que respeita à guerra na Ucrânia, Francisco recorda que, no dia a seguir à invasão da Rússia, cancelou todas as audiências e dirigiu-se pessoalmente à embaixada russa na Santa Sé.

“Era a primeira vez que um Papa o fazia” e “foi um Papa claudicante que se apresentou ao embaixador Avdeev para exprimir toda a preocupação”, recorda, acrescentando: “implorei o fim dos bombardeamentos, augurei o diálogo, propus uma mediação do Vaticano entre as partes, dizendo estar disposto a ir a Moscovo o mais depressa possível”, mas o ministro dos Negócios Estrangeiros iria responder depois que este “não era o momento”.

“O povo ucraniano não é apenas um povo invadido, é um povo mártir, perseguido já nos tempos de Estaline com um genocídio por fome, o Holodomor, que causou milhões de vítimas” e, nestes conflitos, “os interesses imperiais, de todos os impérios, não podem, uma vez mais, ser postos à frente das vidas de centenas de milhares de pessoas”, acrescentou.

“Atualmente, existem 59 guerras em curso no mundo: conflitos declarados entre nações ou grupos organizados, étnicos, sociais”, entre outros, envolvendo quase um terço das nações, elencou o Papa.

Isto “deveria bastar para desmascarar a insensatez da guerra como instrumento de resolução dos problemas: é apenas uma loucura que enriquece os mercadores de morte e que os inocentes pagam”, escreveu Francisco, que se mostra preocupado com o peso crescente das redes sociais e dos processos de desinformação.

“Aquela democracia pela qual os nossos avós lutaram em tantas partes do mundo, não parece gozar de ótima saúde, exposta também ela ao risco de uma virtualização que substitui a participação ou o vazio de significado”, com um “sistema informativo baseado nas redes sociais, nas mãos de poderosíssimas oligarquias”.

Quanto ao futuro, escreve, “a Igreja seguirá em frente, na sua história”.

“Eu sou apenas um passo” e “também o papado amadurecerá; eu espero que amadureça, olhando também para trás, que assuma cada vez mais o papel do primeiro milénio”, resumiu.

Para o dirigente religioso, a Igreja deve “sair da rigidez, o que não significa cair no relativismo, mas seguir em frente” e “escapar à tentação de controlar a fé, pois o Senhor Jesus não deve ser controlado, não precisa de cuidadores nem de tutores”.

“O Espírito é liberdade” e “a liberdade é também risco”, avisou.

O livro Esperança, escrito na primeira pessoa em colaboração com Carlos Musso, chega hoje às livrarias para assinalar o Jubileu da Igreja Católica, dedicado ao mesmo tema.

Na obra, Francisco conta as suas origens como Jorge Bergoglio, nascido em 1936, filho de imigrantes italianos e o seu percurso individual, parte dele durante a “longa e terrível noite” da ditadura argentina.

 

Lusa

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