Com o novo aumento, os venezuelanos passam a receber mensalmente a quantia de 5.196.000 bolívares (Bs) mensais, que equivalem a 56,7 euros, à taxa oficial de câmbio Dicom (92.664 Bs por euro), e a apenas 1,60 euros no mercado paralelo de divisas onde a moeda europeia tinha hoje uma cotação de 3.246.840,00 Bs.
Desde maio último que os venezuelanos ganhavam 2.555.500 Bs de SMI.
Na prática, os venezuelanos vão receber, segundo Nicolás Maduro, 3.000.000 de bolívares de salário e 2.196.000 em subsídios.
"Deve proceder-se de maneira imediata ao ajustamento de todas as tabelas aos trabalhadores", disse o chefe de Estado, precisando que os médicos, professores, militares e polícias vão ter receber também um aumento de 200%.
Durante um ato com simpatizantes do regime, Nicolás Maduro aproveitou para voltar a responsabilizar a oposição e os empresários pela crise no país, que atribui a uma "guerra económica" fomentada por governos estrangeiros.
Segundo o parlamento venezuelano, onde a oposição detém a maioria, os preços dos produtos aumentam diariamente 2,4% na Venezuela, país onde em maio último a inflação foi de 110%.
O parlamento projeta ainda que em finais de 2018 a Venezuela terá acumulado uma inflação anual de 25.000%.
Os venezuelanos precisam de mais de mais de um SMI para comprar um quilograma de carne ou meio quilograma de café.
LUSA