Haynes, considerado um dos mais notáveis bateristas de jazz pela revista especializada Down Beat, soma uma carreira de décadas durante a qual trabalhou com músicos de diferentes gerações, de Louis Armstrong a Pat Metheny, passando por Thelonius Monk, Miles Davis, Bud Powell e a cantora Sarah Vaughan.
Nascido em 13 de março de 1925, na atual região de Boston, Roy Haynes era filho de imigrantes dos Barbados nos Estados Unidos, tendo iniciado a carreira no jazz por influência do irmão, o trompetista Donald Haynes.
Roy Haynes estreou-se profissionalmente na década de 1940 nas ‘big bands’ de Frankie Newton e Louis Russell (1945-1947).
Passou depois a tocar com o mestre de saxofone tenor Lester Young (1947-1949) e, entre 1949 e 1952, fez parte do quinteto de Charlie Parker.
Acompanhou a cantora Sarah Vaughan nos circuitos de jazz dos Estados Unidos entre 1953 e 1958 e quando esse trabalho terminou gravou com Thelonious Monk, George Shearing e Lennie Tristano entre outros e substituiu ocasionalmente Elvin Jones no quarteto de John Coltrane.
Participou na realização da banda sonora original do filme “Bird” (1988), de Clint Eastwood de 1988, inspirado na vida de Charlie Parker, e recebeu o prémio dinamarquês Jazzpar em 1994.
No final dos anos 1990, Haynes formou um trio com o pianista Danilo Pérez e o contrabaixista John Pattitucci, que deu origem ao álbum “The Roy Haynes Trío” (2000).
Em 2001 publicou “Birds of a Feather: A Tribute to Charlie Parker”, a que se seguiram “Love Letters” (2003), “Quite Fires” e “Fountain of Youth”, ambos de 2004, ano em que entrou na Down Beat Jazz Hall of Fame.
O seu derradeiro álbum, “Whereas”, foi publicado em 2006.
Roy Haynes atuou por diversas vezes em Portugal, participando em festivais como o Estoril Jazz e Jazz em Agosto da Fundação Calouste Gulbenkian.
Em 2011 recebeu o Prémio Grammy de carreira artística.
Lusa