A investigação do Sanquin mostrou o "maior aumento até ao momento" do número de cidadãos com anticorpos contra a covid-19, passando de 32% para 54% em maio.
A vacinação é "o principal impulsionador desse aumento", de acordo com o estudo, que testa o sangue de cerca de 2.000 dadores a cada semana em busca de anticorpos.
Os grupos que tiveram prioridade na campanha de vacinação, que começou nos Países Baixos em meados de janeiro, refletem-se claramente na subdivisão da faixa etária com maior proteção contra o vírus.
Os anticorpos foram encontrados em 90% dos dadores com mais de 70 anos, 85% nas pessoas entre 61 e 70 anos e em aproximadamente 54% das pessoas com idade entre 51 e 60 anos.
Também há um aumento “notável” da presença de anticorpos nos dadores mais jovens, entre 18 e 30 anos, com um percentual que gira em torno de 40%.
"Esse aumento começou há um mês e parece ser uma combinação das infeções e da vacinação, isso ainda está a ser investigado", sublinhou o Sanquin num comunicado.
O banco de dadores utiliza um sistema de teste para diferenciar os anticorpos contra a covid-19 desenvolvidos por uma das vacinas ou pelo contágio: o aumento da taxa de vacinação se reflete no estudo realizado.
“Se a percentagem de pessoas com anticorpos continuar a subir tão rapidamente, talvez a imunidade seja alcançada em julho e a circulação do novo coronavírus seja severamente suprimida”, comemora Sanquin.
Os Países Baixos disponibilizou cerca de 9,4 milhões de doses contra a covid-19, segundo dados oficiais, que não indicam quantas pessoas já têm a vacinação completa, e o país espera administrar mais de um milhão de vacinas esta semana, com 188 pessoas vacinadas por minuto.