No final da sessão solene de boas-vindas ao Presidente Volodymyr Zelensky, na Assembleia da República, o deputado único do Livre Rui Tavares apontou a responsabilidade de Portugal “pugnar pela unidade europeia frente ao uma agressão neoimperialista” da Rússia.
“E lutar para que os ucranianos tenham condições para se poderem defender e lutarem por eles e por nós”, disse, apelando a que os deputados no parlamento sejam “convictos, vigorosos e imaginativos” na defesa de soluções que permitam “ultrapassar bloqueios europeus” em relação à defesa da Ucrânia.
Rui Tavares recordou as propostas do Livre de criar uma conta fiduciária para que a União Europeia deixe de “financiar a guerra de Vladimir Putin através da compra de gás e petróleo russos” e de julgar os criminosos de guerra no Tribunal Penal Internacional de Haia, a começar pelo Presidente da Federação Russa.
“Foi bonito ouvir o presidente Zelensky falar do 25 de Abril, foi uma lição importante”, afirmou o deputado, que envergou na sessão solene um cravo para sinalizar que os valores de Abril incluem os da autodeterminação dos povos e do anti-imperialismo.
Para Rui Tavares, “os valores que a Ucrânia defende na Europa são os valores de Abril”, lamentando a ausência do PCP da sessão solene.
“É de todo incompreensível que o PCP não tenha prestado o devido respeito ao povo da Ucrânia ouvindo o presidente democraticamente eleito desse povo”, disse, acrescentando que ouvir Zelensky “não significa concordar com ele em tudo”.
“O que queremos para Portugal desde 25 de Abril é o que defendemos para os ucranianos”, reforçou.
O Presidente da Ucrânia pediu hoje armamento pesado e o reforço das sanções à Rússia, num discurso por videoconferência perante o parlamento português.
Volodymyr Zelensky apelou também insistentemente a que Portugal apoie o processo para o seu país aderir à União Europeia e que use a sua influência nos países de língua portuguesa para estes estarem do lado dos ucranianos.