As propostas deverão ser entregues até ao próximo dia 11 de outubro, tendo a empreitada um prazo de execução de oito meses.
A intervenção, prevista para arrancar no decorrer do primeiro trimestre de 2024, vai abranger quatro fogos de tipologia T3, distribuídos por dois pisos. Do ponto de vista construtivo, as habitações apresentam-se atualmente degradadas ao nível de algumas alvenarias e vãos, e a necessitar de algumas obras de recuperação ao nível da cobertura que será refeita. Ao nível estrutural, o projeto de arquitetura prevê a reparação e/ou substituição das divisórias interiores, carpintarias e substituição total dos equipamentos sanitários e da cozinha.
No que diz respeito aos alçados, e tendo em conta as exigências ao nível térmico, será necessária a aplicação de um sistema de isolamento térmico pelo exterior e a substituição de todos os vãos. Também os revestimentos existentes no interior de alguns dos compartimentos do edifício serão reparados e ou substituídos. Os pavimentos nas zonas comuns das escadas e de acesso aos fogos, e dado o bom estado do revestimento, serão mantidos e recuperados.
As coberturas existentes em chapas, assim como as suas estruturas de suporte, serão totalmente substituídas por coberturas em telha procedendo-se à simplificação das formas, da recuperação, impermeabilização e isolamento sob a telha e sobre os terraços.
Para além da intervenção ao nível da recuperação e reparação das patologias existentes, a IHM pretende reorganizar e tratar convenientemente os espaços exteriores e acessibilidades. A intenção é potenciar a oferta de espaços capazes de suportar uma vivência integrada do conjunto, promovendo a proteção do edificado e um enquadramento paisagístico adequado.
O conjunto habitacional existente junto ao Farol foi materializado nos anos oitenta para dar apoio aos trabalhadores e famílias deslocadas para o Farol de São Jorge. No entanto, a evolução tecnológica conduziu a uma redução no número de elementos da guarnição necessários ao normal funcionamento daquele farol e desde há muitos anos que o referido conjunto habitacional está votado ao abandono.
Por este facto, e com vista à sua recuperação e criação de solução habitacional para famílias do concelho de Santana, em setembro de 2021, foi transferida para a Madeira a titularidade dos espaços habitacionais.
Estes fogos serão atribuídos às famílias em regime de arrendamento acessível, através do programa Renda Acessível, cujas inscrições já se encontram a decorrer e podem ser realizadas online até ao dia 15 de outubro na página da IHM (www.ihm.pt/online).