“A avaliação que levamos é positiva. Temos preocupações, há dossiês que estão pendentes, há dossiês que estão em desenvolvimento, mas julgo que há uma atitude concertada, positiva das diferentes partes, quer do Ministério da Defesa e das autoridades regionais, no sentido de procurar soluções e de as executar para resolver os problemas”, afirmou à agência Lusa Marco António Costa.
O responsável falava no âmbito de uma visita que efetuou à presidência do Governo Regional da Madeira [Quinta Vigia], onde percorreu os jardins acompanhado pelo chefe do executivo madeirense, o social-democrata Miguel Albuquerque, seguido de almoço, um dos pontos do programa da visita de três dias que os elementos desta comissão efetuam até terça-feira a esta Região Autónoma.
Uma das situações pendentes é a entrada em funcionamento do radar da Defesa Nacional construído no Pico do Areeiro, que a comissão vai visitar esta tarde, tendo Marco António Costa considerado que é “uma longa história, uma malapata”.
“Façamos que se possa resolver brevemente”, sublinhou, recordando que a deputada do PSD Sara Madruga da Costa tem insistido neste tema na Assembleia da República, complementando: “Percecionamos que há uma predisposição do executivo, nomeadamente do Ministério da Defesa de resolver essa questão”.
O denominado radar n.º4, está integrado no Sistema de Comando e Controlo Aéreo de Portugal (SICCAP), tendo como missão garantir a prontidão dos meios de vigilância e deteção.
Embora a data oficial de início deste projeto, aprovado em 1999 e os requisitos operacionais aprovados em janeiro de 2000’, ainda persistem problemas de comunicação por resolver e funcionar em pleno.
O presidente da comissão também destacou como “nota positiva da visita à Madeira “a extraordinária cordialidade das relações institucionais que se verifica entre as Forças Armadas Portuguesas e as diferentes entidades regionais”.
Ainda mencionou que os elementos da comissão também levam uma “nota positiva das “questões organizacionais e organizativas”, recusando falar sobre os problemas transmitidos.
De acordo com Marco António Costa, “hoje os desafios que as Forças Armadas enfrentam, em termos de modernidade, tem a ver com os desafios do próprio Estado”.
Salientou que Portugal tem uma “plataforma territorial, com perspetivas de poder captar recursos nessa plataforma, o que significa também que tem de ter recursos, para a guardar proteger e simultaneamente a vigiar, o que implica necessariamente reforço de meios”.
Também realçou que objetivo das deslocações comissão “fazer uma avaliação” nas diferentes parcelas do território para ter “capacidade para depois tomarmos decisões mais sustentadas na Assembleia da República”.
O deputado apontou ainda que a “Madeira contribui ativamente com efetivos para forças nacionais destacadas que estão um pouco por todo o mundo a representar Portugal”.
Marco António Costa disse que as regiões autónomas da Madeira e Açores “estão protegidas”, adiantando ser “indiscutível” o anseio de terem “mais meios aéreos e navais”.