Na nota divulgada, o Sesaram indica que “os serviços mínimos foram assegurados por quatro farmacêuticas, de acordo com o pré-aviso”, admitindo que a paralisação “acarretou alguns constrangimentos para os utentes, nomeadamente ao nível do acesso imediato à sua medicação”.
Como exemplo, o Sesaram refere o caso da farmácia de oncologia, cujo funcionamento foi assegurado apenas por chamada.
“Contudo, sempre que contactados quer por telefone, quer pelos profissionais – enfermeiros ou administrativos do Hospital de dia da Hemato-oncologia, os farmacêuticos deslocaram-se ao serviço para o aviamento dos medicamentos indispensáveis”, salienta, acrescentando que situação idêntica aconteceu no serviço de ambulatório geral.
Segundo o SNF, no Serviço Nacional de Saúde (SNS) a greve teve uma adesão de 92%.
Os farmacêuticos estão em greve entre hoje e quinta-feira, para contestar o impasse nas negociações com a tutela, depois de ter sido adiada uma reunião prevista para o início do mês.
Segundo a estrutura sindical, os farmacêuticos sentem-se discriminados face aos médicos e aos enfermeiros.
O sindicato recordou que a grelha salarial dos farmacêuticos data de 1999 e que os cerca de mil profissionais que exercem no SNS gerem a segunda maior fatia do orçamento da Saúde e conseguem, pela gestão de fármacos, uma poupança anual que “só por si pagaria o aumento”.