"A Federação Nacional dos Médicos entende que o trabalho tem de ser dignificado para todos os médicos que tenham licença para praticarem em Portugal, independentemente da nacionalidade. E também 300 médicos na falta gigante que existe no Serviço Nacional de Saúde seguramente não chega", disse à agência Lusa a presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fanm), Joana Bordalo e Sá.
A dirigente citou números do Governo para dizer que “há 21 mil especialistas no Serviço Nacional de Saúde e cerca de 10 mil internos”.
O Jornal de Notícias escreve hoje que o Governo português está a preparar a contratação de 300 médicos cubanos para o SNS, tendo já pedido parecer sobre o processo de reconhecimento de qualificações ao Conselho de Escolas Médicas Portuguesas (CEMP) e à Ordem dos Médicos.
Joana Bordalo e Sá falava à margem da concentração de médicos, no Hospital São João, no Porto, a propósito da greve que decorre hoje e quinta-feira.
De acordo com a presidente da FNAM a greve dos médicos está a ter uma adesão elevada.
Os médicos exigem “salários dignos, horários justos e condições de trabalho capazes de garantir um SNS à altura das necessidades” da população.
Apesar de as duas últimas reuniões negociais com o Ministério da Saúde estarem agendadas para os dias 7 e 11 de julho, a Fnam decidiu manter a paralisação, face “ao adiar constante das soluções” e “à proposta insatisfatória” que recebeu da tutela, não excluindo uma nova greve nacional na primeira semana de agosto.