“Os Estados Unidos da América irão designar a ANTIFA como uma organização terrorista”, escreveu Donald Trump na rede social Twitter, numa referência ao movimento que já veio classificar como de “extrema esquerda radical” e ao qual atribuiu responsabilidades pelos confrontos na onda de protestos após a morte do afro-americano George Floyd, num caso de racismo e de violência policial.
Também através do Twitter, o Presidente dos Estados Unidos criticou os “meios de comunicação social tendenciosos”, acusando-os de estarem a “fazer tudo o que podem para fomentar o ódio e a anarquia”.
“Desde que todos compreendam o que eles [media] estão a fazer, que são notícias falsas [propagadas por] pessoas más com uma agenda doente, podemos facilmente lidar com eles”, acrescentou Donald Trump.
Numa série de mensagens publicadas no Twitter, o responsável fez ainda referência à Guarda Nacional norte-americana, uma força de reserva destacada no Estado do Minnesota para ajudar a polícia local a conter os protestos, naquele que é o epicentro das manifestações contra a violência policial por ter sido ali que George Floyd foi morto.
“Parabéns à nossa Guarda Nacional pelo excelente trabalho que fizeram imediatamente após a sua chegada a Minneapolis, Minnesota, ontem [sábado] à noite”, escreveu Donald Trump,
O responsável adiantou que, devido à ação da Guarda Nacional, “os ANTIFA, que lideram os anarquistas entre outros, foram rapidamente bloqueados”.
E disse ainda que “outras cidades e estados liderados pelos democratas deveriam olhar para o bloqueio total dos anarquistas de esquerda radicais em Minneapolis”, sugerindo o recurso à Guarda Nacional noutros locais “antes que seja tarde demais”.
Além de ter sido chamada para o estado do Minnesota, num total de 2.500 elementos, a Guarda Nacional foi ativada na Geórgia, Kentucky, Wisconsin, Colorado, Ohio e Utah.
Na origem dos protestos está a morte do afro-americano George Floyd, de 46 anos, às mãos da polícia na passada segunda-feira, depois de ter sido detido sob suspeita de ter tentado usar uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) num supermercado de Minneapolis, no estado de Minnesota.
Nos vídeos feitos por transeuntes e difundidos ‘online’, um dos quatro agentes, que participaram na detenção, tem um joelho sobre o pescoço de Floyd a pressionar durante mais de oito minutos.
Os quatro foram já demitidos e um deles, o que prendeu George Floyd, foi acusado de homicídio involuntário.
No sábado à noite, registaram-se confrontos entre manifestantes e polícias que abalaram as principais cidades dos Estados Unidos, colocadas sob recolher obrigatório, na sequência da morte do afro-americano George Floyd.
C/Lusa