“À hora em que falamos [cerca das 11:30], não temos, felizmente, notícia de nenhum português que tenha sido vítima destas explosões”, afirmou Augusto Santos Silva.
Segundo o Ministro, a embaixada de Portugal contactou já os cerca de 40 portugueses inscritos no registo consular, uma dezena dos quais responderam, “todos eles indicando que não tiveram nenhum problema físico”.
Além disso, o gabinete de emergência consular recebeu “um pedido de apoio para aceleração da concessão do visto à mulher libanesa de um cidadão português para que eles possam voar para Portugal”, adiantou Santos Silva, garantindo que o pedido será processado.
“E também temos notícia de pessoas cujo apartamento foi muito atingido, embora elas não tivessem sofrido nenhuma espécie de dano porque se encontravam no estrangeiro”, concluiu.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros expressou ainda solidariedade de Portugal com o Líbano e o seu povo, adiantando que participará no plano de apoio da União Europeia.
“Renovamos a expressão da nossa solidariedade com o povo e o Estado libanês por ocasião desta tragédia que se abateu sobre o país e que causou tantas vítimas e vultuosíssimos estragos materiais”, afirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros, em declarações à Lusa.
De acordo com Augusto Santos Silva, Portugal, tal como os restantes membros da União Europeia, vai apoiar o Líbano através de um plano coletivo.
“O gabinete de crise da União Europeia está a assumir, naturalmente, a coordenação do apoio humanitário europeu e Portugal fará parte desse apoio”, disse.
Duas fortes explosões sucessivas sacudiram Beirute na terça-feira, causando mais de uma centena de mortos e mais de 4.000 feridos, segundo o último balanço feito pela Cruz Vermelha.
Até 300.000 pessoas terão ficado sem casa devido às explosões, segundo o governador da capital do Líbano, Marwan Abboud.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou hoje uma mensagem ao seu homólogo libanês, Michel Aoun, expressando “condolências aos familiares das vítimas mortais e desejos de rápidas melhoras a todos os feridos, bem como a sua solidariedade a todo o povo libanês”.
As violentas explosões deverão ter tido origem em materiais explosivos confiscados e armazenados há vários anos no porto da capital libanesa.
O Primeiro-Ministro libanês, Hassan Diab, revelou que cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amónio estavam armazenadas no depósito do porto de Beirute que explodiu.