A presidente reeleita da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, agradeceu hoje ao Parlamento Europeu o “resultado muito melhor” do que na eleição de 2019, indicando que se vai concentrar na constituição da sua equipa de comissários.
“Não posso começar sem expressar o quanto estou grata pela confiança da maioria do Parlamento Europeu, com 401 votos a favor. Lembram-se da última vez, em que houve oito votos acima da maioria necessária, mas desta vez o resultado foi muito melhor”, disse a líder do executivo comunitário.
Falando em conferência de imprensa após ter sido hoje reconduzida no cargo da presidente da Comissão Europeia por mais cinco anos – com 401 votos favoráveis dos eurodeputados na votação em plenário em Estrasburgo, acima dos 360 necessários -, Ursula von der Leyen destacou que tal apoio “envia uma forte mensagem de confiança”, nomeadamente após o “trabalho árduo dos últimos cinco anos”, em que a União Europeia (UE) enfrentou desafios como os da pandemia de covid-19 e da guerra da Ucrânia causada pela invasão russa.
“Vou concentrar-me agora na constituição da minha equipa de comissários para os próximos cinco anos e, nas próximas semanas, pedirei aos líderes [da UE] que apresentem os seus candidatos. Tal como da última vez, escreverei uma carta e solicitarei a proposta de um homem e de uma mulher como candidatos, sendo que a única exceção, tal como da última vez, é quando há um comissário em exercício nesse Estado”, elencou a responsável.
Ursula von der Leyen precisou que, de seguida, irá “entrevistar os candidatos a partir de meados de agosto para escolher os candidatos mais bem preparados e que partilhem o compromisso europeu”.
“Mais uma vez, o meu objetivo será conseguir uma quota-parte igual de homens e mulheres no colégio de comissários”, adiantou.
A votação de hoje ocorreu na primeira sessão plenária da nova legislatura da assembleia europeia, na cidade francesa de Estrasburgo, com a política alemã de centro-direita Ursula von der Leyen a conquistar 401 votos favoráveis, 284 contra, 15 abstenções e sete inválidos.
Lusa