A deputada regional do PTP Raquel Coelho sublinhou que Paulo Cafôfo recusou “pela terceira vez consecutiva” prestar esclarecimentos numa comissão parlamentar sobre a queda do carvalho de grande porte no Largo da Fonte, no dia 15 de agosto, que fez 13 mortos e 49 feridos.
Em janeiro, a Comissão de Saúde e Assuntos da Assembleia Legislativa da Madeira aprovou um requerimento para audições sobre o incidente, mas o autarca recusou-se a comparecer perante os deputados para prestar esclarecimentos.
Esta terça-feira, no debate do voto de protesto apresentado pelo PTP, o deputado da maioria social-democrata João Paulo Marques considerou que há “um retrocesso democrático” quando “determinados políticos se consideram acima da assembleia” da região.
O líder da bancada do CDS-PP, António Lopes da Fonseca, disse ter “receio de que comece a haver cidadãos a desrespeitar a autonomia”, não reconhecendo a importância dos deputados.
Já Élvio Sousa (JPP) considerou estar em causa uma “obsessão cafofiana” (contra Paulo Cafôfo), enquanto Rodrigo Trancoso (BE) referiu que há um “aproveitamento político” da situação.
A deputada do PCP Sílvia Vasconcelos considerou o voto de protesto “limitativo, assente sobre uma pessoa”, defendendo que se deveria estender a elementos da anterior vereação. Pelo PS, Victor Freitas opinou que o PSD “apontou armas a Paulo Cafôfo”.
Este voto e as restantes propostas legislativas apresentadas em plenário serão votados na quinta-feira.
Também na sessão de hoje da assembleia, o PSD voltou a criticar as declarações da secretária-geral adjunta do PS no congresso regional dos socialistas madeirenses e sublinhou que só a região é que investiu, até agora, na construção do novo hospital.
Ana Catarina Mendes afirmou no domingo que “não é possível que a vontade do Governo central em inscrever no Orçamento do Estado verba para que possa ser feito o Hospital do Funchal [signifique] a paralisia, a falta de visão e ambição do Governo Regional, que não permita que hoje em dia esteja a avançar o Hospital do Funchal”.
LUSA