Em comunicado, o responsável do PS na Assembleia Legislativa da Madeira, Victor Freitas, cita quebras que, no seu entender, podem não ser “meramente conjunturais” e representam “uma linha de descida estrutural, o que coloca em causa os novos investimentos que estão a ser concretizados na Madeira, bem como a sustentabilidade dos atuais”.
“Lamentamos a forma como o Governo tem vindo a gerir o setor, nomeadamente o facto de não ter qualquer capacidade de antecipação face aos problemas decorrentes do Brexit e da desvalorização da libra, ou, mesmo, da falência de companhias aéreas”, refere o texto.
Entre janeiro e junho deste ano, por exemplo, a Madeira foi a região do país que apresentou as maiores quebras nas dormidas na hotelaria (-2,9%), lembra o PS.
Em maio, a Madeira “foi a região em que a taxa líquida de ocupação-cama – com 69,3% na hotelaria e 65,7% em todo o alojamento turístico – mais baixou no país, registando uma quebra homóloga de quatro pontos percentuais”.
O PS destaca também o facto de mercados tradicionais, caso do britânico, “continuarem em crise no que se refere às dormidas, com uma quebra de 7,2% em julho deste ano”.
“Isto depois de a Madeira ter entrado em 2018 a perder quota nos dois principais mercados emissores de turistas (britânico e alemão). A acrescentar a tudo isto, está também o facto de o Governo Regional ter diminuído o orçamento da Agência de Promoção da Madeira”, mencionam os socialistas.
O PS/Madeira ainda realça que “o Governo Regional, depois de diminuir as verbas da Associação de Promoção da Madeira, veio tentar emendar a mão injetando 700 mil euros”, considerando-o “caricato”.
LUSA