Na sua maioria, são mulheres, crianças e idosos que partem em comboios e autocarros. Os que podem, ficam para repelir as tropas do Kremlin.
Sob intensos bombardeamentos, nos últimos dias, em Severodonetsk, o último bastião ucraniano na região de Luhansk, luta-se por cada rua, por cada casa, de acordo com as autoridades de Kiev.
A autoproclamada República Popular de Donetsk referiu, na sexta-feira, que o exército ucraniano tem estado a bombardear intensamente a região. Uma informação ainda não confirmada por Kiev.
Quase quatro meses depois da invasão russa, os ucranianos têm conseguido resistir e até fazer recuar o exército invasor em várias regiões. Desde o início, clamam ao Ocidente por mais armas.
O Governador de Mykolaiv, uma importante cidade portuária do Mar Negro, sublinha que "o exército russo é mais poderoso, tem muita artilharia e munições" e "por agora, esta é uma guerra de artilharia". Vitaliy Kim avisa que a Ucrânia está a ficar sem munições e é por isso que "a ajuda da Europa e da América é muito importante porque os ucranianos só precisam disso para defender o país".
Há poucos dias, a Rússia destruiu em Mykolaiv o segundo maior terminal de cereais da Ucrânia, agravando a crise de abastecimento mundial.
França fez já saber que está pronta para ajudar a levantar o bloqueio do porto ucraniano de Odessa para retirar cereais da Ucrânia, cujo bloqueio está a causar uma crise alimentar global.