"Para já, não digo nada. Antes de dizer, oiço", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, à chegada ao centro da cidade Vila Baleira, onde participa neste momento numa missa, no âmbito das comemorações dos 600 anos da descoberta da ilha do Porto Santo.
O Presidente da República Vincou que está sempre "muito atento" ao conjunto de reivindicações, de queixas, de solicitações e até de indignações, quer no caso da mobilidade nas regiões autónomas como noutros assuntos ao nível nacional.
"Essa é a função do Presidente da República, ser um pouco um provedor atento a essas realidades e veiculando essas realidades nas várias instâncias do poder", disse, esclarecendo que acompanha "todos os dossiês" e "não é por acaso" que na sexta-feira receberá no Funchal todos os partidos com assento na Assembleia Legislativa da Madeira.
"Por um lado, é para a marcação das eleições [legislativas regionais] do ano que vem, por outro lado, é para os ouvir sobre esse e outros problemas ", explicou.
Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda o Presidente da República tem de "estar próximo" para ouvir "aquilo que há a dizer", sublinhando que Portugal é "um só", mas com uma "grande diversidade", onde a função das autarquias locais e das regiões autónomas é "defenderem as suas populações".
Sobre as comemorações dos 600 anos da descoberta do Porto Santo, Marcelo Rebelo de Sousa destacou que é "toda uma história de Portugal" e de alguma maneira "toda uma história do mundo" que se assinalam, sendo que a sua mensagem é, essencialmente, de "gratidão".
"O que eles fizeram nesta terra, na luta contra a natureza e muitas vezes contra outras comunidades, ao longo dos séculos, não tem medida e é um fator de prestígio, de orgulho nacional", afirmou, indicando ainda que poderá fazer umas "férias abertas" no Porto Santo "mais perto do que se pensa".
C/ LUSA