A estimativa da taxa de crescimento da economia consta da apresentação do pacote de medidas para apoio aos rendimentos das famílias para atenuar os efeitos da inflação hoje feita pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, no Ministério das Finanças, em Lisboa, sendo o cenário, à data, com que as Finanças estão a trabalhar.
Na proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), entregue em abril no parlamento, o Governo previa um crescimento da economia de 4,9% este ano, uma revisão em ligeira baixa (0,1 pontos percentuais) face ao cenário macroeconómico apresentado no Programa de Estabilidade.
Na conferência de imprensa, o ministro das Finanças sublinhou que Portugal será este ano “a economia que crescerá mais em toda a União Europeia, bastante distante da média da área do euro e da União Europeia”, apontando para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro de 2,6% e da União Europeia de 2,7%.
Medina defendeu que, “ao contrário do que alguns dizem”, a economia “não está a crescer hoje mais porque caiu mais” e que regista um “crescimento maior do que aquilo que os países da zona euro vão registar neste período”.
O governante sinalizou ainda que o rácio da dívida pública face ao PIB deverá fixar-se abaixo dos 120,7% previstos no OE222.
“Mantemos o objetivo relativamente ao défice orçamental, por isso teremos o sexto melhor défice orçamental de toda a União Europeia e teremos a terceira maior redução da dívida pública de todo o espaço da União Europeia”, disse.
Medina recordou que aquando da apresentação do OE2022 o executivo definiu como objetivo político central retirar Portugal da lista dos países mais endividados para garantir que com a aprovação deste programa mantém “esse objetivo”.
“Temos toda a informação que nos indica que vamos cumprir esse objetivo, até ligeiramente melhor do que aquilo que era estimado, com uma dívida pública que se irá situar abaixo dos 120% do PIB”, disse.
Além do ministro as Finanças, participaram nesta conferência de imprensa, em Lisboa, os ministros do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, e a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.