Esta é uma coligação “que é virtuosa, porque soube servir os interesses dos madeirenses e, precisamente por isso, irrita a oposição”, disse Rui Barreto na abertura das jornadas parlamentares PSD/CDS que decorrem no Funchal.
Este encontro marca também o encerramento da III Sessão Legislativa da Assembleia Legislativa da Madeira, estando previsto o regresso aos trabalhos plenários em 20 de setembro.
O líder centrista madeirense salientou que, nestes três anos de legislatura, há “um registo de maturidade, onde cada um dos partidos soube colocar de lado algumas questões partidárias em nome de um valor maior que é o de servir a Madeira e os madeirenses”.
Rui Barreto considerou que a estabilidade tem permitido aos dois partidos na Madeira “governar e cumprir um programa que foi abruptamente interrompido devido a uma pandemia”.
“E, tem sido a estabilidade, a coesão e a segurança que tem permitido ultrapassarmos as adversidades, uma pandemia e, agora, uma guerra no leste da Europa”, complementou.
Na opinião do também secretário regional da Economia, “a estabilidade gera confiança, a confiança gera investimento, o investimento gera riqueza e a riqueza cria emprego, e este tem sido o valor maior desta coligação”.
No que ao parlamento diz respeito, o líder do CDS diz que “tem sido uma casa aberta a todos” e que “nunca houve tanta participação democrática e plural num parlamento”.
Rui Barreto criticou ainda o que classificou de desorientação política” do PS, o maior partido da oposição no parlamento madeirense (ocupa 19 dos 47 lugares no hemiciclo).
“Já votam contra aquilo que defendem e isso ficou claro esta semana, ao votarem contra o Orçamento Retificativo”, vincou, argumentando que “um partido que durante oito anos não soube governar a cidade do Funchal, não é capaz de governar a Madeira”.
Na opinião do dirigente do CDS-PP insular, na Madeira existem “dois partidos autonomistas” e são as duas forças que “defendem o aprofundamento e a consagração da autonomia”.
“Dois partidos que têm um projeto claro e objetivo para a Madeira, que é rever a Constituição e a Lei das Finanças Regionais, que está desajustada aos desafios da Madeira, e insistir na ideia de que, se o Governo da República não nos quer dar os meios, ao menos que nos dê instrumentos para nós sermos aquilo que quisermos ser”, enfatizou.
Na abertura dos trabalhos das jornadas esteve também o secretário regional da Educação, que tem a tutela dos Assuntos Parlamentares, Jorge Carvalho, que deixou aos deputados uma “mensagem de colaboração permanente” entre os dois partidos.
O governante realçou o clima de “proximidade e a dialética que se estabeleceu com os diferentes setores do Governo [Regional] que tem permitido que o executivo possa estar ‘escudado’”.
Jorge Carvalho destacou também “a cooperação, sintonia e acompanhamento dos diplomas que estão em discussão na Assembleia Legislativa, quer sejam da maioria, quer sejam da oposição”, situação que tem sido reforçada pela frequentes deslocações dos elementos do Governo Regional ao parlamento insular para a discussão de diplomas, debates e audições.
O responsável mencionou que “tem havido uma atenção permanente relativamente a tudo o que vai acontecendo, o que possibilitou ao Governo Regional estar focado naquilo que é a governação”.
Essa perspetiva entre o executivo e os deputados “foi fundamental durante o período mais complicado da pandemia, em que essa sintonia foi importante para a tomada de decisões”, referiu.
No parlamento madeirense, o PSD tem uma representação de 21 deputados e o CDS de três.
Lusa