“O tribunal deu como provados todos os factos constantes da acusação”, disse a juíza Carla Menezes, com exceção da participação dos arguidos Raquel Coelho, José Luís Rocha e José Quintal de Nóbrega, absolvendo-os e "concluindo que não tiveram participação" e "não integram os tipos de crimes de que vinham acusados".
No entender do tribunal, ao utilizar publicações espalhadas pela cidade, nomeadamente cartazes com dois metros quadrados, que “facilitaram meios de divulgação” da sua opinião, o arguido pretendeu “desacreditar” e “lançar a suspeição” em relação à juíza assistente no processo.
A juíza Carla Menezes referiu que existiram afirmações que configuram uma “imputação com caráter ofensivo”, permitindo expor a magistrada “à falta de consideração e desprezo público”, além de levantar “suspeição sobre a forma como exercia a sua atividade”.
O início deste julgamento esteve agendado para 28 de setembro, mas só começou a 30 de novembro. Entre as razões para os adiamentos esteve o facto de José Manuel Coelho e Raquel Coelho terem sido candidatos nas últimas eleições autárquicas de 01 de outubro à presidência das câmaras municipais de Santa Cruz e Machico, respetivamente.
Os arguidos remeteram-se ao silêncio no início do julgamento, tendo José Manuel Coelho resolvido falar na última sessão dedicada às alegações finais, a 12 de abril.