Destes cidadãos nacionais, 57 são luso-ucranianos, 75 têm apenas a nacionalidade portuguesa e 145 são elementos dos agregados familiares.
A mesma fonte indicou que, da lista de cidadãos nacionais que consta da base de dados do Ministério dos Negócios Estrangeiros, encontram-se na Ucrânia 222 cidadãos nacionais: 150 luso-ucranianos e 72 cidadãos com nacionalidade portuguesa.
“Neste momento não há nenhum cidadão português na Ucrânia que responda aos contactos da Embaixada e que exprima consistentemente o desejo de sair do país com o apoio das autoridades portuguesas”, prossegue a mesma informação solicitada pela Lusa.
Neste país encontram-se ainda 27 jornalistas portugueses a cobrir a ofensiva militar que a Rússia iniciou contra a Ucrânia a 24 de fevereiro.
Em relação à Rússia, a Embaixada de Portugal em Moscovo estima em cerca de 340 os cidadãos portugueses com residência, mais ou menos estável, neste país.
Trata-se de uma comunidade constituída maioritariamente por duplos nacionais, que se deslocam com frequência entre os dois países.
De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, a embaixada tem sido contactada por “cidadãos nacionais com pedidos de apoio a viajantes, na sua maioria estudantes que ali se encontravam em intercâmbios universitários”.
“Esses cidadãos têm saído da Rússia principalmente por via terrestre, através da Estónia e da Finlândia. A Embaixada tem recebido informação de que outros cidadãos têm saído do país através de rotas aéreas alternativas e tem prestado assistência àqueles que, devido ao cancelamento dos voos, ultrapassaram o período de estada permitido pelo visto russo”.
Portugal recomenda que, face ao encerramento do espaço aéreo entre a União Europeia e a Rússia, e à crescente redução de ligações aéreas internacionais, devem ser evitadas todas as deslocações para a Rússia.
Aos cidadãos nacionais que se encontrem em viagem na Rússia – turistas, estudantes, deslocações temporárias -, bem como àqueles que ali se encontrem por razões não essenciais, recomenda-se que saiam do país através das alternativas aéreas e terrestres disponíveis.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 780 mortos e 1.252 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,1 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.