A especialização da economia da RAM em atividades ligadas ao Turismo, fortemente afetado pela pandemia contribuiu para este resultado, bem como para o desempenho da região mais penalizada, o Algarve (-18,3%). No polo oposto, o Centro (-5,7%) foi a região com menor redução real do PIB.
O crescimento real em 2020 foi condicionado pelas expressivas quedas no Valor Acrescentado Bruto (VAB) nos ramos das “Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares; atividades administrativas e dos serviços de apoio” (-35,6%) e do “Comércio, transportes, alojamento e restauração” (-34,1%), que constitui o principal ramo de atividade da economia regional. A desagregação a 10 ramos (A10) mostra que apenas a “Informação e Comunicação” (+36,3%), a “Construção” (+0,2%) e a “Agricultura, Silvicultura e Pesca” (+0,1%) escaparam à tendência geral de redução.
Em 2020, os índices de disparidade face à média nacional e face à média da União Europeia (UE27) foram de 89,9 e 68,6, respetivamente.
De referir que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, a componente principal do investimento) realizada na RAM, em 2020, fixou-se nos 795,0 milhões de euros, o que representou uma queda, face ao ano anterior, de 5,2%, mais pronunciada que a observada no País (-0,8%).
Por sua vez, o rendimento disponível bruto (RDB) das famílias da RAM diminuiu 3,5% em 2020, fixando-se em termos per capita nos 12 893 euros, traduzindo um índice de disparidade face à média nacional de 93,8, ou seja, situando-se 6,2% abaixo da referida média. De notar que o RDB das famílias também registou uma queda a nível nacional, embora de menor dimensão (-1,3%).