“Não poderá ser no Porto Santo, porque o campo vai entrar em obras. Penso que ainda não foi lançado o concurso público, isso estará a ser tratado, portanto, segundo a informação que nos deram, pelo menos estará inoperacional entre setembro e março de 2024, o que inviabiliza qualquer atividade no recinto durante esse período”, disse à agência Lusa Jorge Machado.
Questionado sobre se o conjunto insular também iria treinar na Madeira, o integrante da administração da SAD, que iniciou funções em setembro último, explicou que “a equipa vai se basear no distrito do Porto” e lá realizará os seus treinos, viajando para a Madeira só para disputar os jogos em ‘casa’.
“Vamos fazer os nossos jogos na qualidade de visitante na série A [do Campeonato de Portugal], que em princípio é onde vamos ficar colocados, depois deslocamo-nos à Madeira para fazer os jogos na condição de visitado”, adiantou o dirigente.
A formação do Porto Santo, ilha que integra o Arquipélago da Madeira, venceu a Divisão de Honra e sagrou-se campeã da Madeira, 35 anos depois, título que garante o acesso à próxima edição do Campeonato de Portugal, juntando-se aos ‘conterrâneos’ Marítimo B e Camacha, tendo Machico sido despromovido da competição.
Os portosantenses regressam aos ‘nacionais’ 12 anos depois, mas, para poderem disputar os jogos na ‘ilha dourada’, estavam ‘obrigados’ a remodelar praticamente todo o recinto desportivo, o que não foi possível a tempo, segundo o administrador da SAD, explicando que depende de “um processo burocrático normal, uma vez que o complexo é propriedade do governo regional da Madeira”.
Jorge Machado não esconde que a preferência seria jogar no Porto Santo, “mas é impossível”, revelando que o Centro Desportivo da Madeira “foi a melhor situação que foi encontrada” no arquipélago.
Segundo o dirigente, os adeptos portosantenses estão “tristes e desapontados, mas compreendem a situação”, porque estão cientes da necessidade de intervenção no terreno de jogo.
“Vamos ter de atravessar este período um pouco afastados dos nossos adeptos fisicamente, mas sei que os que puderem vão à Madeira assistir aos jogos e terão oportunidade também de assistir por outros meios”, frisou, enfatizando que “toda a estrutura tem consciência de que os adetos vão continuar a apoiar”.