O Vizela voltou hoje às vitórias, ao vencer na receção ao Marítimo por 3-0, em jogo da 16.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
O montenegrino Osmajic, logo aos três e cinco minutos, deu vantagem à formação minhota, que ficou em superioridade numérica aos 53, por expulsão de Matheus Costa, com cartão vermelho direto, e fixou o resultado em 3-0 pelo brasileiro Anderson, aos 75.
O Vizela, que tinha perdido no terreno do Famalicão (2-1), subiu provisoriamente ao oitavo lugar, com 21 pontos, enquanto o Marítimo, que não perdia há dois jogos e tinha batido o Sporting na ronda passada (1-0), permanece no 17.º e penúltimo lugar, com 10.
O adversário, com o seu bom jogo posicional, causou-nos alguns problemas, mas ajustámo-nos, embora perdendo alguma profundidade. Depois, fomos muito melhores do que o adversário. Tivemos sempre a perceção de onde andava o nosso ponta de lança para perceber como o lançar em profundidade. O mérito é dos jogadores. Eles executam aquilo que é treinado.
Com o tempo, as relações vão-se aperfeiçoando. Adaptámo-nos ao adversário. Percebemos muito bem quando podíamos atacar a profundidade no meio dos centrais. Também fomos fortes quando atacámos a profundidade, mas não direcionámos o jogo para esse movimento, mas para os alas. Sem fazerem golos, fizeram um excelente trabalho. Já vinha com boas sensações do jogo com o Famalicão, porque fomos equipa.
É importante dar espaço a jogadores criativos, como o Samu, o Raphel Guzzo, o Kiko (Bondoso) para serem influentes no jogo".
José Gomes (treinador do Marítimo): "(Os dois golos) ajudaram a condicionar. Perdemos muito as bolas a tentar jogar por dentro, quando o adversário estava fechado por dentro. As bolas foram muito bem aproveitadas e resultaram num 2-0 aos cinco minutos. O jogo ficou logo diferente. O Vizela continuou a construir muito bem, a aproveitar as transições. Deu-nos alguma iniciativa que não soubemos aproveitar. Pelas ocasiões construídas, o resultado poderia ter sido muito pior.
Antes do 3-0, o Vizela já tinha criado mais duas oportunidades (para marcar). Depois do 3-0, há mais duas ou três oportunidades. Nós, equipa técnica, temos de perceber porque é que, num tão curto espaço de tempo, mostrámos faces tão diferentes. Estou certo de que vamos dar volta à situação em que nos encontramos (17.º lugar).
Para além do que foi permitido fazer ao adversário nos minutos iniciais, o que está por detrás desses dois golos não é só os erros na fase de construção. Fomos menos agressivos nos movimentos de pressão. Contra uma equipa como o Vizela, que tem muitíssimo bem trabalhados estes movimentos, qualquer metro ou segundo a mais concedido, é mais uma jogada em que temos de ir atrás.
Houve falta de agressividade e velocidade nos duelos. Houve ocasiões em que não houve duelos porque chegámos atrasados, o que deu tempo para o Vizela fazer o que é bom a fazer".