O concerto “De sonhar ninguém se cansa”, terá lugar em 05 de maio e pretende fazer uma viagem com temas “temperados”, “desde a sonoridade de um idioma doce e repleto de saudades, pelas paisagens recriadas nas obras dos melhores escritores lusófonos”, referiu a organização.
“Uma festa global para enaltecer o acervo, a língua, os valores e a visão do mundo de todo um povo que por séculos atravessou os mares para desembarcar com a sua cultura em portos e territórios de cinco continentes”, explicou um comunicado divulgado em Caracas.
Segundo o documento “a trovadora Iliana Gonçalves é reconhecida pela sua versatilidade no cenário, quer como solista quer em grupos musicais, tais como o sexteto Atapaima”.
“Nesta oportunidade a intérprete estará em direto desde Portugal acompanhada pelo guitarrista Daniel Luzardo, o baixista Ricardo Tirado e Júlio César Alcocer na percussão. O quarteto interpretará autores lusófonos como Amália Rodrigues, Tom Jobim, Caetano Veloso, entre outros”, adiantou.
O concerto faz parte também da programação cultural que a Delegação da União Europeia na Venezuela realiza anualmente por ocasião do Dia da Europa (09 de maio).
“A celebração do Dia Mundial da Língua na Venezuela tem como ‘leitmotiv’ o tema ‘De sonhar ninguém se cansa’, uma frase da autoria de Fernando Pessoa, numa das suas obras mais emblemáticas como é o Livro do Desassossego. A seleção das palavras do célebre poeta é oportuna”, segundo o coordenador do ensino do português, Rainer Sousa.
O Dia Mundial da Língua Portuguesa, em 05 de maio, foi instituído em 25 de novembro de 2019 pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), numa proclamação subscrita por 193 Estados-membros da organização.
A iniciativa nasceu de uma proposta apresentada por todos os Estados da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP): Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
A língua portuguesa é presentemente falada por mais de 265 milhões de pessoas em todos os continentes, sendo a mais falada no hemisfério sul.