O navegador Cristóvão Colombo desembarcou ontem no Porto Santo, num regresso ao passado e à altura em que este viveu naquela ilha do arquipélago da Madeira, o que fez a ocupação hoteleira atingir os 94%.
De acordo com a nota distribuída pela secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura madeirense, "centenas de pessoas", entre residentes e turistas "aglomeraram-se" no cais e no centro da cidade, para assistir ao desembarque na praia das personagens que representaram a chegada de Cristóvão Colombo ao Porto Santo, a bordo da réplica da nau Santa Maria.
"Mais uma vez, cumpriu com a tradição, naquele que é o ponto mais alto do Festival Colombo", diz a informação divulgada por este departamento do governo madeirense, sustentando o secretário regional com a tutela, Eduardo Jesus, que o arranque deste festival "se diferencia e afirma pela sua forte ligação à cultura e à passagem de Cristóvão Colombo pela ilha".
A secretaria madeirense destaca que a ilha do Porto Santo regista "a melhor ocupação de sempre, situada nos 94%, mais 10 pontos percentuais do que em 2016 – acompanhando, dessa forma, a tendência de crescimento que tem vindo a ser registada nos eventos do calendário anual de animação turística do destino Madeira".
O governante insular destacou o esforço e a colaboração de toda a população do Porto Santo e a participação dos turistas nesta experiência, considerando que a participação de visitantes "é sempre positivo e vai ao encontro da estratégia" defendida pelo executivo do arquipélago.
"É, acima de tudo, gratificante para toda a organização e para a própria afirmação deste destino, que naturalmente reforça a sua notoriedade com mais este evento de animação turística", vincou Eduardo Jesus.
O programa do Festival Colombo decorre entre 14 e 16 setembro, sendo uma recriação da passagem do navegador genovês pelo Porto Santo, em 1478, e após a recriação do desembarque decorreu o cortejo histórico.
Eduardo Jesus realçou que este evento "promove o Porto Santo e a Madeira, servindo para esbater a sazonalidade" daquela ilha.
Na cidade da Vila Baleira, na ilha do Porto Santo, existe um museu que recorda a passagem do navegador naquela ilha, por onde passou no âmbito de negócios do açúcar, tendo posteriormente casado com Filipa de Moniz, filha de Bartolomeu Perestrelo, o primeiro capitão donatário do Porto Santo, e vivido durante algum tempo.
O programa de três dias faz a ilha regressar ao passado, tornando-se numa aldeia medieval, com personagens com trajes a rigor e animação da época, incluindo saltimbancos, arruadas, malabaristas, acrobatas, entre outros, transformando toda a baixa citadina, que vão desembocar no Mercado Quinhentista.
LUSA