No total estão expostas 20 figuras, muitas delas alusivas à região, com destaque para o bailinho da Madeira, as floristas, os pescadores e a poncha. Há ainda uma alusão ao folclore minhoto e aos presépios, assim como aos motivos religiosos através de uma pequena coleção de figuras do Santo António.
Natural de Braga, Francisco Teixeira reside na Madeira há 13 anos e tenta implementar na Região a cultura do figurado, algo que é muito apreciado nas Caldas da Rainha ou em Barcelos e que aos poucos tem despertado o interesse dos madeirenses.
O seu trabalho está exposto na Loja do Artesanato do Instituto do Vinho, Bordado e Artesanato da Madeira (IVBAM) e na Galeria Art Center Caravel, na Rua de Santa Maria.
Mais do que paciência e algum jeito, trabalhar o barro exige muita dedicação. “São muitas horas de trabalho, muitos passos a dar desde a conceção da peça à secagem, cozedura, pintura e envernizamento”, explica o artesão que dedica muito do seu tempo livre a esta arte.
Todas as peças são feitas manualmente. A fase mais importante é a moldagem, onde o barro ganha forma, fruto da criatividade e da imaginação. Não há moldes e por isso não há duas peças iguais. Depois são cozidas num forno próprio para Barro, no IVBAM.
Francisco Teixeira é professor de Informática e nem sempre tem tempo para se dedicar ao barro como gostaria. Para já é um ‘hobbie’ que “tem um efeito muito bom”.
Expor o trabalho no Campanário é uma forma de dar a conhecer o seu trabalho a um público mais vasto. “Aceitei o convite por ser uma mais-valia para a divulgação da minha arte e o sítio diz-me algo, já que nos últimos anos dei aulas na Escola da Ribeira Brava”, explica o artesão.
A exposição estará patente ao público até ao final do mês de julho, de segunda a sexta, entre as 09h e as 17 horas, e ao sábado, das 10h às 18 horas. A entrada é gratuita.