Em comunicado, o Instituto Nacional de Estatística (INE) refere que o preço mediano da habitação aumentou, face ao período homólogo, em todas as 25 sub-regiões NUTS III, com exceção da sub-região Viseu Dão Lafões.
O Algarve e as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto registaram, simultaneamente, valores medianos de habitação (2.378 €/m2, 2.156 €/m2 e 1.660 €/m2, respetivamente) e taxas de variação homóloga (+13,8%, +16,1% e +20,4%) superiores aos do país (1.492 €/m2 e +13,5%).
Para além dessas regiões, também a Região Autónoma dos Açores (+24,1%), o Alentejo Litoral (+22,3%), a Lezíria do Tejo (+19,5%), o Alto Tâmega (+16,8%), a Região de Aveiro (+16,3%) e o Alentejo Central (+14,9%) registaram taxas de variação homóloga superiores às do país, embora tenham apresentado preços medianos inferiores à referência nacional.
Já a sub-região Viseu Dão Lafões (-4,8%) foi a única a registar uma diminuição homóloga dos preços da habitação no terceiro trimestre de 2022, sendo que, tal como em trimestres anteriores, o Alto Alentejo apresentou o menor preço mediano de venda de alojamentos familiares (492 €/m2).
As três sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados – Algarve, Área Metropolitana de Lisboa e Área Metropolitana do Porto – apresentaram também os valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador: território nacional (2.232 €/m2, 2.128 €/m2 e 1.650 €/m2, respetivamente) e estrangeiro (2.854 €/m2, 3.511 €/m2 e 2.292 €/m2).
Na Área Metropolitana de Lisboa registou-se a maior diferença entre o preço mediano das transações efetuadas por compradores com domicílio fiscal no estrangeiro e em território nacional: 1.383 €/m2, +65,0%.
De julho a setembro, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal adquiridos pelas famílias foi de 1.516 €/m2 (+0,5% que no trimestre anterior) e pelos compradores pertencentes aos restantes setores institucionais de 1.333 €/m2 (-1,7% que no segundo trimestre de 2022).
Segundo o INE, no terceiro trimestre de 2022, “todos os municípios com mais de 100 mil habitantes das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, com exceção de Santa Maria da Feira, registaram preços medianos de habitação superiores ao valor nacional (1.492 €/m2), destacando-se Lisboa (3.882 €/m2), Cascais (3.453 €/m2) e Oeiras (3.072 €/m2) com valores superiores a 3.000 €/m2.
Deste conjunto de 17 municípios das áreas metropolitanas com mais de 100 mil habitantes, 10 apresentaram taxas de variação homólogas superiores à nacional (+13,5%), destacando-se, com variações homólogas superiores a +20%, Maia (+26,1%), Vila Nova de Gaia (+24,2%), Matosinhos (+21,9%) e Setúbal (+20,7%).
Pelo contrário, Vila Franca de Xira (+13,2%), Porto (+12,0%), Amadora (+11,6%), Loures (+11,4%), Cascais (+10,9%), Odivelas (+9,0%) e Lisboa (+8,3%) registaram taxas de variação homóloga inferiores à nacional, sendo que o município de Guimarães registou a menor taxa entre os 24 municípios com mais de 100 mil habitantes (+2,6%).
Já entre os municípios com mais de 100 mil habitantes fora das áreas metropolitanas, apenas Funchal e Coimbra apresentaram simultaneamente um preço mediano (2.218 €/m2 e 1.708€/m2, respetivamente) e crescimento homólogo (+22,1% e +24,2%) superiores ao nacional. Para além destes municípios, também Barcelos (+25,6%) e Leiria (+18,4%), registaram taxas de variação homóloga superiores à do país.
Tomando como referência as vendas efetuadas durante os 12 meses entre outubro de 2021 e setembro de 2022, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1.446 €/m2, aumentando 3,1% relativamente ao ano acabado no trimestre anterior e 15,6% relativamente ao ano acabado no trimestre homólogo.
O preço mediano da habitação manteve-se acima do valor nacional nas sub-regiões do Algarve (2.264 €/m2), Área Metropolitana de Lisboa (2.028 €/m2), Área Metropolitana do Porto (1.557 €/m2) e Região Autónoma da Madeira (1.527 €/m2).
No período em análise, 46 municípios apresentaram um preço mediano superior ao valor nacional, localizados maioritariamente nas sub-regiões Algarve (14 em 16 municípios) e Área Metropolitana de Lisboa (16 em 18).
O município de Lisboa (3.785 €/m2) registou o preço mais elevado do país, tendo-se também verificado valores superiores a 2.500 €/m2 em Cascais (3.371 €/m2), Oeiras (2.929 €/m2), Loulé (2.894 €/m2) e Lagos (2.625 €/m2).
A Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve apresentaram diferenciais de preços entre municípios superiores a 2.000 €/m2.
Lusa