“Nesta crise, a TAP ajustou-se e definiu um novo plano – TAP 3.0. Ainda estamos na expectativa da sua aprovação, mas já iniciámos a sua implementação”, adiantou Christine Ourmières-Widener, na Conferência Internacional de Controlo de Tráfego Aéreo, que decorre no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.
Neste sentido, a presidente executiva da TAP notou que o processo de despedimento coletivo está a ser finalizado, tendo por objetivo tornar a companhia mais sustentável.
Para alcançar esta meta, a transportadora também reduziu a sua frota para 90 aeronaves.
Já do lado das receitas, conforme admitiu, “é difícil”, tendo em conta os níveis de procura face à pandemia de covid-19.
Christine Ourmières-Widener disse ainda que se verifica uma “retoma progressiva, mas lenta” em destinos como Brasil e América do Norte, bem como uma “curva estável” em África, enquanto a Europa “continua a ser um desafio”.
Questionada sobre a possibilidade de o tamanho do aeroporto de Lisboa ser um problema para a retoma, a presidente executiva da TAP lembrou que, em 2019, ainda com a anterior administração, o desempenho operacional foi impactado.
“Se não estivermos bem em termos de desempenho, cancelamentos e atrasos, é a reputação de Lisboa, do aeroporto, de Portugal e da TAP que está em causa. A TAP é mais do que os lucros. No longo prazo, o tamanho do aeroporto é um problema”, sublinhou.