No próximo dia 8 de outubro, sábado, pelas 15.00 horas, no Museu Quinta das Cruzes tem lugar a conferência “A Arquitetura na Madeira no século XIX” pelo arquiteto Rui Campos Matos, uma iniciativa integrada no projeto de divulgação cultural DAR A VER, da responsabilidade da Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura, através da Direção Regional da Cultura (Direção de Serviços de Museus e Património Cultural).
Na conferência do próximo sábado, Rui Campos Matos abordará algumas questões resultantes de um estudo mais vasto, realizado no âmbito da sua tese de doutoramento dedicada ao tema da “Arquitetura do Turismo Terapêutico”, defendida este ano na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa.
O que carateriza a arquitetura oitocentista madeirense? Será possível, sequer, falar de “arquitetura madeirense”, numa ilha onde, como escreveu um dia o arquiteto do Reid’s Hotel, “os projetos estavam todos a cargo de analfabetos”? Terá o turismo terapêutico – esse singular fenómeno que, em meados do séc. XIX trouxe à Madeira alguma da fina flor da aristocracia europeia – tido algum reflexo na arquitetura insular? O que distingue as quintas madeirenses das suas congéneres continentais? Que acrescentaram os “wine merchants” ingleses a esta arquitetura feita de jardins e paisagem? Estas serão algumas das questões que procurará responder.
Licenciado em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa (FAUTL), Rui Campos Matos frequentou ainda, nesta mesma faculdade, o Doutoramento em Teoria e História, tendo a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) lhe atribuído uma bolsa de doutoramento no âmbito do projeto de investigação: A Arquitetura do Turismo Terapêutico – Arquipélagos da Madeira e Canárias, Quadro Histórico, 1800-1914. A residir no Funchal desde 1989, alguns dos seus trabalhos foram premiados e selecionados para a exposição Habitar Portugal promovida pela Ordem dos Arquitetos.
Paralelamente à prática profissional, tem-se dedicado à investigação de diversos temas relacionados com a arquitetura regional, sobre os quais tem publicado diversos artigos na imprensa local e em revistas especializadas. Em 2013 publicou o livro: As Origens do Turismo na Madeira – Quintas e Hotéis do Acervo da Photographia Museu – «Vicentes», e mais recentemente, em 2014, publicou o livro «Hospício da Princesa Dona Marília Amélia.
O projeto DAR a VER, que teve início em janeiro de 2016, tem por base a ideia da divulgação, de forma gratuita, do património artístico existente no arquipélago da Madeira.
Depois da iniciativa do próximo sábado, o programa do DAR A VER termina, a 15 de outubro, com uma visita guiada.
As inscrições para a conferência de Rui Campos Matos podem ser feitas através do endereço daraver.drc@gmail.com, e estão limitadas ao número de lugares da sala.