“Têm-se realizado incansáveis ações para libertar mais de 30 mil milhões de dólares retidos no estrangeiro e destiná-los a enfrentar o grave impacto das medidas coercitivas impostas contra o povo e a compra de vacinas contra a Covid-19, através do mecanismo Covax”, disse a vice-presidente da Venezuela.
Delcy Rodríguez falava no palácio presidencial de Miraflores, durante uma conferência de imprensa transmitida pela televisão estatal.
A governante precisou que mais de 7 mil milhões de dólares (5,91 mil milhões de euros) deveriam ser usados para pagar as vacinas ao mecanismo Covax.
Segundo Delcy Rodríguez o Banco Central da Venezuela solicitou ao banco norte-americano Citibank, que desbloqueasse 346 milhões de dólares (292,5 milhões de euros), recebendo como resposta que esses fundos foram transferidos para a Reserva Federal dos Estados Unidos, por ordem do líder opositor Juan Guaidó.
Por outro lado, precisou que o Governo venezuelano solicitou ao Ministério Público que investigue amplamente “os atos criminosos, de roubo, de sequestro dos recursos do povo venezuelano para atender a pandemia da Covid-19” e “determine a responsabilidade de Juan Guaidó e do seu grupo” por “impedir o direito à saúde e à vida do povo da Venezuela.
“Esperamos máxima celeridade nas investigações do Ministério Público”, sublinhou.
Durante a conferência de imprensa a vice-presidente venezuelana voltou a recordou a posição do Governo do Presidente Nicolás Maduro, insistindo que a Venezuela não autoriza o uso local das vacinas produzidas pela AstraZeneca.
Na Venezuela, estão oficialmente confirmados 152.508 casos da Covid-19, desde o início da deteção da doença no país, em março de 2020.
Há 1.511 mortes associadas ao novo Coronavírus e 141.831 pessoas recuperaram da doença.