O Secretário Regional de Mar e Pescas, Teófilo Cunha, tem vindo a reunir com armadores, responsáveis pela industria agroalimentar e o setor da distribuição; o objetivo é garantir um melhor escoamento do peixe espada preto, objetivo que depende sobretudo de preços mais competitivos e de uma redução nas descargas.
Depois da reunião com os responsáveis da cadeia Pingo Doce, Teófilo Cunha recebeu esta quarta-feira o diretor de operações da rede Continente, Pedro Lopes, e a diretora comercial, Ivone Silva.
Em cima da mesa está a análise dos impactos da crise pandémica, com consequências diretas na descida abrupta do mercado de exportação, a redução no consumo devido ao encerramento dos hotéis e às restrições no setor da restauração que não têm permitido o escoamento do pescado.
Com 600 toneladas de peixe em stock, no entreposto frigorífico da Lota do Funchal, o responsável pela pasta das pescas está preocupado com o fato de este ano estarem envolvidos na faina 21 embarcações, que até a penúltima semana de novembro tinha descarregado 1.877 toneladas, um valor que representa já 83% do total das descargas do ano passado (2.238 toneladas)
Recorde-se que o Governo Regional, através da Secretaria Regional de Mar e Pescas, iniciou a 1 de dezembro uma campanha a apelar ao consumo do peixe-espada, por forma a evitar ruturas nas redes de frio e conservação do pescado.
Do encontro de hoje resultou a perceção que as lojas Continente têm abertura para aumentar as vendas de peixe espada preta fresco, pois é um produto que os madeirenses apreciam, juntando-se aos peixes produzidos em aquacultura, atum e ruama.
Já Teófilo Cunha espera que as festividades de Dezembro possam ajudar a reduzir as saídas para o mar dos ‘espadeiros’ e consequentemente as descargas, pois nesta altura o escoamento da espada não consegue ser garantido no mercado regional ou através da exportação.