É a consequência da depressão Clement. Para além da chuva e do vento intenso, os madeirenses passaram uma noite de sobressalto devido às fortes trovoadas.
De acordo com a informação prestada pela delegação na Madeira do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, graças ao recurso da rede de detetores de trovoadas instalada na Madeira, à melhoria e redimensionamento da rede de detetores de trovoada em Portugal Continental e ainda, ao intercâmbio de dados em tempo real com a rede da AEMET (Espanha Peninsular e Canárias), tem sido possível acompanhar a atividade eletromagnética da atmosfera, na região atlântica que vai das Canárias à Madeira e Portugal Continental.
A atividade eletromagnética (avaliada pela quantidade de raios) registou 6859 raios, dos quais, 1520 positivos, 3172 negativos e 2167 intra-nunens ou entre-nuvens.
É de referir que os raios, em regra, estão associados a nuvens de grande desenvolvimento vertical (cumulonimbus), que dão origem a períodos de chuva ou aguaceiros por vezes fortes e também precipitação na forma de granizo, como tem sido registado nesta situação.
Sob a influência desta depressão, a precipitação registada foi de 113,6 mm no Areeiro, seguindo-se em Santana,(55,9 mm), Funchal (52,4 mm), Porto Santo (24,7 mm ) e Porto Moniz (53,3 mm)
Já as maiores rajadas foram registadas em Santa Cruz (122 km/hora), Ponta do Pargo (107 km/h) e Lombo da Terça/Santa de Porto Moniz (104 km/h).