“Nossa Senhora, nas suas aparições exortou muitas vezes à recitação do Rosário, especialmente perante as ameaças que pairavam sobre o mundo. Também hoje, neste momento de pandemia, é necessário ter o Rosário nas mãos, rezando por nós, pelos nossos entes queridos e por todas as pessoas”, disse Francisco, durante as saudações aos peregrinos que se reuniram, pela primeira vez desde o confinamento, no Auditório Paulo VI, no Vaticano.
O regresso à sala das audiências, com milhares de pessoas, aconteceu após cinco encontros, em setembro, no Pátio de São Dâmaso, ao ar livre, escreve a Eclésia.
As saudações do Papa, para os peregrinos de vários países reunidos no Vaticano, recordaram a celebração, neste dia 07 de outubro, da festa de “Nossa Senhora do Rosário”.
“Convido todos a redescobrir, especialmente durante este mês de outubro, a beleza da oração do Rosário, que alimentou a fé do povo cristão ao longo dos séculos”, declarou.
Francisco dirigiu-se, em particular, aos peregrinos e ouvintes de língua portuguesa, de acordo com a agência.
“Convido-vos a tomar o Rosário nas mãos todos os dias e erguer o vosso olhar para Nossa Senhora, sinal de consolação e esperança segura. Que a Virgem Santa ilumine e proteja toda a peregrinação da vossa vida até à Casa do Pai”, disse.
O Santuário de Fátima vai assinalar, a 13 de outubro, o aniversário da sexta aparição de Maria aos videntes, na Cova da Iria, em 1917, onde estiveram entre 50 a 70 mil peregrinos.
“Nesta aparição, Nossa Senhora anunciou aos videntes o fim da guerra, deixou apelos à conversão, à reparação e à oração do Rosário, segundo se lê no relato que Lúcia de Jesus deixou no seu livro de memórias”, informou a instituição, citada pela Eclésia.
Foi nesta data que também aconteceu o “milagre do sol”.
O Papa retomou, nesta audiência, o ciclo de catequeses sobre a oração, centrando-se na figura do profeta Elias, que considerou “uma das personagens mais fascinantes de toda a Sagrada Escritura”.
“Ele é o exemplo de todas as pessoas de fé que conhecem tentações e sofrimentos, mas não deixam de viver à altura do ideal para o qual nasceram. A oração é a seiva que alimenta constantemente a sua existência”, observou.
Francisco pediu cristãos “zelosos”, capazes de agir diante dos responsáveis políticos, como fez Elias, para dizer: “Isto não pode ser feito, isto é um assassínio”.
“A prova da oração é o amor concreto pelo próximo. E vice-versa: os crentes agem no mundo depois de, primeiro, se terem calado e rezado; caso contrário, a sua ação é impulsiva, desprovida de discernimento, é um correr ofegante, sem meta”, acrescentou.
O Papa destacou que, na oração, se recuperam, “como que por milagre, a serenidade e a paz”.
C/Lusa