“Por volta das 02:00 [22:30 hora de Lisboa e ainda no dia de terça-feira], inundações repentinas desencadeadas por chuvas fortes atingiram (a cidade) de Charikar”, afirmou, em declarações à agência francesa AFP, o porta-voz do governo da província de Parwan (no norte do Afeganistão), Whaida Shahkar, confirmando o registo de 72 mortos e de mais de 100 feridos.
Este balanço foi confirmado igualmente pelo Ministério de Gestão de Catástrofes afegão.
Um anterior balanço apontava para 38 mortos e 77 feridos.
Segundo as agências internacionais, em Charikar, capital da província de Parwan, a cerca de 60 quilómetros da capital afegã Cabul, as ruas estão cobertas de pedras e de lama e várias equipas estão no terreno à procura de vítimas e de sobreviventes.
De acordo com as autoridades, mais de 500 casas ficaram destruídas com a força da água e da lama.
“As nossas equipas de resgate e de resposta estão a trabalhar duramente e continuam a recuperar corpos, a limpar estradas bloqueadas, a procurar pessoas dadas como desaparecidas e a prestar assistência de emergência aos afetados”, afirmou, por sua vez, o vice-porta-voz do governador de Parwan, Rahmatullah Haidari, em declarações à agência espanhola EFE.
O mesmo representante indicou que o número total de desaparecidos ainda não está apurado.
“Estamos a mobilizar todos os nossos recursos disponíveis para resgatar as pessoas retidas, retirar os corpos, abrir estradas, prestar os primeiros socorros (…) e entregar bens comestíveis e não comestíveis aos afetados”, avançou, por seu lado, o porta-voz do Departamento de Gestão de Desastres, Ahmad Tamim Azimi.
Segundo Azimi, a precipitação intensa registada durante a madrugada também fez pelo menos dois mortos e cinco feridos na província central de Maidan Wardak e outras duas vítimas mortais e três feridos em Nangarhar (este).
O Afeganistão regista frequentemente catástrofes relacionadas com as condições meteorológicas que provocam muitas vítimas, como foi o caso dos deslizamentos de terra ocorridos em maio de 2014, que mataram 2.000 pessoas.
C/Lusa