"Para garantir que a lei é cumprida e que os nossos negócios e utilizadores são tratados de forma justa, não temos escolha a não ser contestar a ordem executiva (assinada pelo senhor Trump) através do sistema judicial", afirmou o grupo, numa declaração enviada à agência de notícias francesa AFP.
Na quinta-feira, o Presidente dos Estados Unidos disse apoiar uma oferta da Oracle para a compra da TikTok, aplicação chinesa de partilha de vídeos, apesar de estarem já em curso negociações com a Microsoft, indicou a Bloomberg.
Segundo a agência de notícias económicas, a empresa informática Oracle, cujo Presidente, Larry Ellison, ofereceu milhões de dólares em fundos para a campanha presidencial de Trump, estará na corrida para a aquisição das atividades da TikTok nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
Contactado pela AFP, o grupo escusou-se a comentar a informação avançada pela Bloomberg.
Respondendo na terça-feira a várias questões dos jornalistas após discursar no estado de Arizona, Trump indicou que a Oracle é uma “excelente empresa” e que o Presidente Larry Ellison é uma “pessoa formidável”.
A administração Trump deu 90 dias ao grupo chinês proprietário da TikTok, ByteDance, para vender rapidamente as operações da rede nos Estados Unidos, sob pena de as bloquear no país, argumentando com “problemas de segurança nacional”.
A 06 deste mês, Trump emitiu uma ordem executiva para proibir a TikTok e a WeChat, rede social da chinesa Tencent, de efetuarem qualquer transação com parceiros norte-americanos, por as considerar uma ameaça para a segurança, a política externa e a economia dos Estados Unidos.
Trump tem acusado nos últimos meses, embora sem apresentar qualquer prova, a popular plataforma de partilha de vídeos de utilizar os dados dos utilizadores norte-americanos para beneficiar Pequim.
"A TikTok não está disponível na China. Os dados dos utilizadores dos EUA são armazenados na Virgínia, com uma cópia de segurança em Singapura. A TikTok nunca forneceu quaisquer dados de norte-americanos ao Governo chinês e não o faria se lhe fosse pedido", responderam os responsáveis pela plataforma.
Num cenário de elevadas tensões comerciais e políticas com a China, o inquilino da Casa Branca tomou medidas radicais contra a rede, que é muito popular entre os mais jovens.