"São 30 militares que vão estar no campo a dar formação e há ainda mais dois elementos, um que vai estar no comando em Bagdad [capital do Iraque] e o outro no Koweit", explicou o general Carlos Perestrelo, comandante da Zona Militar da Madeira, hoje, durante o exercício final do contingente madeirense.
A demonstração teve lugar no Regimento de Guarnição N.º 3 (RG3), no Funchal, e foi presenciada por diversas autoridades regionais.
Carlos Perestrelo destacou o facto de esta ser a primeira vez, após a guerra no Ultramar, que um contingente militar é totalmente aprontado na Madeira e lançado num teatro de operações.
"A Madeira projetou forças há 18 anos para a Bósnia, mas foram integradas num contingente nacional", explicou, sublinhando que, como sempre, é esperado um "desempenho meritório", pois os militares estão em "plenas condições" para uma atuação de "excelência".
O contingente é constituído essencialmente por graduados – 12 oficiais e 15 sargentos – considerando que são formadores de tropas, mas conta também com três praças, das quais uma mulher, a única do grupo, comandado pelo major Cadina Ribeiro.
Os militares madeirenses vão integrar uma brigada espanhola, ficando responsáveis por um dos quatro campos de treino geridos pela coligação internacional, o de Besmayah, localizado no deserto, a 35 quilómetros de Bagdad, onde vão permanecer durante seis meses.
A preparação do grupo começou em maio e a partida está agendada para 05 de novembro, às 15:00.
"A força foi certificada e reúne as condições necessárias para ter um bom desempenho no teatro de operações", sublinhou Carlos Perestrelo.
C/LUSA