Sainz, que partia com a liderança presa por 13 minutos, viu o seu principal adversário, o francês Sébastien Loeb (BRX), ceder mais de uma hora devido à quebra de um braço da suspensão dianteira do seu Hunter ao quilómetro 132 dos 420 que compunham a 11.ª especial da prova, que, pelo quinto ano, se disputa na Arábia Saudita.
O espanhol nem precisou de vencer a tirada, terminando na terceira posição, a 5.35 minutos do mais rápido do dia, o francês Guerlain Chicherit (Toyota), que repetiu o triunfo da véspera. O belga Guillaume de Mevius (Toyota) foi o segundo, a 5.32.
Na geral, Sainz lidera, com 1:27.06 horas de vantagem sobre De Mevius, com Loeb a descer à terceira posição, a 1:36.02 horas.
O francês ficou à espera do camião de assistência da sua equipa, mas acabou por resolver a avaria da suspensão com recurso a uma peça do Hunter do chinês Zi Yungang.
Nas motas, Ross Branch (Hero) venceu a tirada, com 32 segundos de vantagem sobre o líder da geral, o norte-americano Ricky Brabec (Honda). O francês Adrien van Beveren (Honda) foi o terceiro, a 3.17 minutos.
António Maio (Yamaha), no 27.º posto, foi o melhor português, com Bruno Santos (KTM) em 30.º e Mário Patrão (Honda) em 31.º.
Na geral, Brabec tem, agora, 10.22 minutos de avanço para Ross Branch, com Van Beveren em terceiro, a 14.31.
Ruben Faria, diretor desportivo da Honda, considera que foi “um dia muito importante” para a equipa, naquilo que se previa que fosse “uma etapa dura e difícil”.
Entre os veículos ligeiros, o português Fausto Mota, que navega o brasileiro Cristiano Batista (Can Am) foi o terceiro classificado nos SSV, a 4.31 minutos do vencedor, o checo Jerome de Sadeleer (MMP), com o espanhol Gerard Farrés Guell (Can Am) em segundo lugar, a apenas dois segundos. João Ferreira (Can Am) foi quinto, a 24.40 minutos.
“Merecíamos mais, muito mais. Naturalmente que temos de valorizar o desempenho dos nossos adversários que foram extremamente regulares e vão amanhã batalhar pela vitória, mas este não foi de todo o nosso Dakar. Felizmente, fui educado a tirar aprendizagens das vitórias e das derrotas e aqui, a aprendizagem é o maior triunfo que levo para casa”, afirmou o piloto, antes de garantir que o objetivo, agora, passa por “tentar ser campeão do mundo”.
Na geral, João Ferreira é quinto, a 1:19.27 horas do líder, o francês Xavier de Soultrait (Polaris), que tem apenas 2.49 minutos de vantagem sobre o segundo classificado, Jerome de Sadeleer. Fausto Mota é sétimo.
Na classe Challenger, Ricardo Porém (MMP) foi sétimo. João Monteiro (Can Am) foi o 13.º, seguido de Mário Franco (Can Am), em 14.º.
Na geral, Porém é sétimo, João Monteiro 13.º e Mário Franco 25.º.
Na sexta-feira, disputa-se a 12.ª e última etapa da prova, em Yanbu, com 175 quilómetros cronometrados.